terça-feira, 9 de março de 2010

Mais poder para as escolas, no combate à violência. Já?!

A ME, Isabel Alçada, começa a responder ao lamentável caso do menino que se terá, provavelmente, atirado ao rio, em Mirandela, supostamente vítima de bulliyng (mesmo que o não tenha sido, a questão da violência nas escolas mantém-se!). A ideia é dar mais poder às escolas e às direcções, para que «a intervenção seja mais pronta, mais rápida, mais segura e mais ligada aos pais e à comunidade educativa».

É uma boa ideia. Esperemos pela sua concretização. Mas não deixa de pecar, irresponsavelmente, por tardia. A política educativa em Portugal – atolada no romantismo pseudo-esquerdista, incompetente científica e tecnicamente –, tem estado demasiado longe das escolas, do ensino e do verdadeiro bem de todos os alunos. O caso particular da concepção de autoridade é, neste aspecto, confrangedor – a irresponsavelmente infantilizada ideia de escola inclusiva, baseada no princípio, já de si bastante discutível, da discriminação positiva, tem arrastado a escola para a beira do abismo, do caos e da selvajaria disfarçada de civilização; com os mais desfavorecidos (os que beneficiariam, mais do que todos, com uma boa autoridade) a serem as principais vítimas. Há que pensar seriamente em todos aqueles que, nas escolas, sofrem, injustamente, a condição de terem que conviver diariamente com os prevaricadores, que vão impedindo o ensino e a aprendizagem de todos.

O que se está a ganhar com estas políticas socialistas? Mais violência impune, desencanto e afastamento dos profissionais das suas responsabilidades e alarmante deterioração da preparação ética dos cidadãos para a vida social.

Talvez chegue o bote salva-vidas a tempo de evitar o afogamento.

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