tag:blogger.com,1999:blog-12567268679534769542024-03-14T08:47:53.619+00:00Miguel Blog PortugalEscritos esporádicos de quem pensa todos os dias.Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.comBlogger733125tag:blogger.com,1999:blog-1256726867953476954.post-47457264039391345772012-01-08T20:47:00.001+00:002012-01-08T20:49:14.928+00:00Fotografia <br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtzENTs0l6IrcPn9vjc22XrgD2cSKyb3cuN8MDpoU7MTq0aFoAZx-mFO-s-HQH3aVkqBkJVd46frAkfxWAQw7yGF3OHAk9UxejD7-HyBSJdZLFQbgMmOR4Jx_QnoyOQtWI9_XK2FVgpXZ6/s1600/PB080045.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="246" rea="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtzENTs0l6IrcPn9vjc22XrgD2cSKyb3cuN8MDpoU7MTq0aFoAZx-mFO-s-HQH3aVkqBkJVd46frAkfxWAQw7yGF3OHAk9UxejD7-HyBSJdZLFQbgMmOR4Jx_QnoyOQtWI9_XK2FVgpXZ6/s400/PB080045.JPG" width="400" /></a>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">“Castelo do séc. XIII #1”</span></div><div align="center"><span style="font-size: x-small;">(Lindoso, Novembro 2011)</span></div><div align="center"><span style="font-size: x-small;">© Miguel Portugal</span></></div></></>
</></><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4S76_bdTYCgzqNC5mnXwkOQ1ArpEz092OviswIg_igpGX_YIGqsqSs3pIZcvVnGX1ZHfy5LXo_9M-ajHg53S7Y9QroGPqBxSlwqHAOcMqOkJXj-Q0_v1puu2fOD1Gz5eD7GEr-0swRyWn/s1600/PB080050.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" rea="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4S76_bdTYCgzqNC5mnXwkOQ1ArpEz092OviswIg_igpGX_YIGqsqSs3pIZcvVnGX1ZHfy5LXo_9M-ajHg53S7Y9QroGPqBxSlwqHAOcMqOkJXj-Q0_v1puu2fOD1Gz5eD7GEr-0swRyWn/s640/PB080050.JPG" width="480" /></a></td></></></div></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">“Castelo do séc. XIII #2”<br />
(Lindoso, Novembro 2011)<br />
© Miguel Portugal</td></tr>
</tbody></table> <br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOH6rv2a9wL1vFdjsIxvq7_hmRxrpfDWflvXiF5CyG5JR1B0XMTtap5H_KnsmA_EfVBWU5SHzWltmfjGBlf88znRWVyKfAh6C7dVGUktPdvZXfnVBA51lF1sSJiPXjePV5NkfO0YwgWb2V/s1600/PB080051.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" rea="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOH6rv2a9wL1vFdjsIxvq7_hmRxrpfDWflvXiF5CyG5JR1B0XMTtap5H_KnsmA_EfVBWU5SHzWltmfjGBlf88znRWVyKfAh6C7dVGUktPdvZXfnVBA51lF1sSJiPXjePV5NkfO0YwgWb2V/s640/PB080051.JPG" width="480" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">“Castelo do séc. XIII #3”<br />
(Lindoso, Novembro 2011)<br />
© Miguel Portugal</td></tr>
</tbody></table>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1256726867953476954.post-58038516977035574052011-12-18T15:08:00.000+00:002011-12-18T15:08:39.893+00:00Dar a pensar...<div style="text-align: justify;">«Talvez seja possível fazer em ética teorias que determinem satisfatoriamente, em cada caso, o que é correcto fazer. Até hoje, parece que não se conseguiu tal coisa – mas talvez surja entretanto uma teoria que consiga fazê-lo. Enquanto esperamos, é avisado levar a sério a hipótese de Aristóteles de que a realidade é demasiado complexa para que isso seja possível. E nada se perde em apostar na educação moral.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A educação moral genuína não é, contudo, o que os políticos têm em mente quando pensam em transmitir, por exemplo, “valores ecológicos” às crianças, ou quando pensam na “educação para a cidadania”. Este género de educação é doutrinação e não educação moral. A genuína educação moral é ensinar a raciocinar em termos de fins e meios, a ponderar razões e a justificar correctamente o que valorizamos – em suma, ensinar a pensar eticamente e não ensinar a repetir slogans ecológicos, igualitários, nacionalistas, multiculturalistas ou outros.»</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Murcho, D. (2011) <em>7 Ideias Filosóficas Que Toda a Gente Deveria Conhecer</em>. Lisboa: Bizâncio, p. 55. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1256726867953476954.post-65741636446843944002011-12-11T16:36:00.003+00:002011-12-11T16:45:42.336+00:00Leituras…<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipTYG6tVAmhgTyndH4WX31EIuVbc1tE_8vHUsLHZZ-qTgmbgLuC9h1Ac55iQC9szpGDFk7iONXrk_AdY1PKSwl-HjsN-D46cmkLDExkBjL6YYT53UvoXKCioNf2HEDUSYMd9xqmoFzwGU6/s1600/7+ideias+fil_Desi+Murcho.png" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" mda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipTYG6tVAmhgTyndH4WX31EIuVbc1tE_8vHUsLHZZ-qTgmbgLuC9h1Ac55iQC9szpGDFk7iONXrk_AdY1PKSwl-HjsN-D46cmkLDExkBjL6YYT53UvoXKCioNf2HEDUSYMd9xqmoFzwGU6/s200/7+ideias+fil_Desi+Murcho.png" width="128" /></a></div><div style="text-align: justify;">...de <strong>Murcho, D. (2011). <em>7 Ideias Filosóficas Que Toda a Gente Deveria Conhecer</em>. Lisboa: Bizâncio</strong>. Trata-se de uma introdução à filosofia através de sete das mais visíveis teorias filosóficas da história, algumas delas que andam até na boca de muitas pessoas, como slogans elegantes e “profundos”, sinais exteriores de erudição, mas tantas vezes incompreendidas e mal usadas – a ser assim, de nada servem. O A. dá-nos a oportunidade de com ele pensar o significado mais exato dessas ideias, a sua importância histórica, mas, sobretudo, intemporal, e proporcionando uma compreensão bastante acessível ao neófito (ou a quem estiver suficientemente maduro para perceber que, afinal, necessita dessa compreensão!).</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">“Penso, logo existo”, “só sei que nada sei”, “no meio é que está a virtude”, “a guerra de todos contra todos”, “o despertar do sono dogmático”, “uma rosa com outro nome” e “maior do que o qual nada pode ser pensado” são as sete ideias que D. Murcho escolheu como indispensáveis para dar a conhecer ao grande público. Iniciando cada capítulo com uma breve, mas muito útil, contextualização histórica, o autor discute os aspetos centrais de teorias de Descartes, Sócrates, Aristóteles, Hobbes, Kant, Frege, S. Anselmo, entre outros, procedendo a uma facilitadora e esclarecedora abordagem da área da filosofia em que se enquadram, aproveitando assim para mostrar um leque de temas-problemas nodais da filosofia.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Este opúsculo acessível a qualquer pessoa que se predisponha a gastar menos de uma centena de minutos a lê-lo (nos transportes públicos, na fila de espera, antes de adormecer…) termina com uma defesa de uma das teses favoritas do autor – qual leitmotiv para a sua divulgação – acerca da filosofia: a filosofia é uma área do saber com características próprias, com problemas próprios e com um modo de acesso próprio e, por isso, com uma abordagem histórica (via tantas vezes percorrido) não se acede à filosofia, apenas à sua história; para se aceder à filosofia é preciso discutir os seus problemas, analisar as suas teorias e avaliar criticamente os seus argumentos. Exige de nós “algum” esforço intelectual, mas é um esforço benfazejo e aprazível, se pensarmos, senão em certezas (inacessíveis), ao menos (o que já é muito) no esclarecimento que nos proporciona diante das nossas mais assombrosas perplexidades.</div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1256726867953476954.post-47279330827626376052011-12-04T23:04:00.001+00:002011-12-04T23:04:00.343+00:00Fotografias<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOed7KvDzA4mcQE-KVcrYWvUnAiT4KCxORmR_V9xPUBgV95NwZujKxnlHRyw5w-cpALTIRoy1nCJNgTnfTYNRqezU6AayWfctRuOVy4YlNDp5stabCvEOuFyOk0oI4Bh4js3S50YjVK9T7/s1600/1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" dda="true" height="292" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOed7KvDzA4mcQE-KVcrYWvUnAiT4KCxORmR_V9xPUBgV95NwZujKxnlHRyw5w-cpALTIRoy1nCJNgTnfTYNRqezU6AayWfctRuOVy4YlNDp5stabCvEOuFyOk0oI4Bh4js3S50YjVK9T7/s400/1.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">“Espigueiros #1”<br />
(Lindoso, Novembro 2011)<br />
© Miguel Portugal</td></tr>
</tbody></table><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHqiZIeFB26Zo1M3BxeKWsZLV0JLSaTpEqEj3Xhm9-8f8J17dBOyAvl4u7TET64IrKwDKDj1x2yJpl8ayIXzfbl9uJJRBUCqloOJp8BV4Nho2NHUTseoDpqBWMQWA4AOR0B5RdKX5tBz3i/s1600/2.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" dda="true" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHqiZIeFB26Zo1M3BxeKWsZLV0JLSaTpEqEj3Xhm9-8f8J17dBOyAvl4u7TET64IrKwDKDj1x2yJpl8ayIXzfbl9uJJRBUCqloOJp8BV4Nho2NHUTseoDpqBWMQWA4AOR0B5RdKX5tBz3i/s400/2.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">“Espigueiros #2”<br />
(Lindoso, Novembro 2011)<br />
© Miguel Portugal</td></tr>
</tbody></table> <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjASS8uq-0J9zwvY4g_JxZbvDI1IPFC6bdR4JVbHqdd06j4Qp5Gw9adn25dmZ2td99hW1_52-yt3NjW78HH9Ym52Tb8xnDh8jhLxCykySFlb76icD0t1rKbJKweEdj7_ffNWQdc0_I1wfvr/s1600/3.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" dda="true" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjASS8uq-0J9zwvY4g_JxZbvDI1IPFC6bdR4JVbHqdd06j4Qp5Gw9adn25dmZ2td99hW1_52-yt3NjW78HH9Ym52Tb8xnDh8jhLxCykySFlb76icD0t1rKbJKweEdj7_ffNWQdc0_I1wfvr/s400/3.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">“Espigueiros #3”<br />
(Lindoso, Novembro 2011)<br />
© Miguel Portugal</td></tr>
</tbody></table> <br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCrNV04XjSm5qRewc5A4gUu7VLSXyj6dxPOxWKOeQMMb0GZhbCdWPNWgzJus60HcKPbg1wjN8XSB3fLCJ1jw2nIvvz8tXsu6Yx8SaLRUOf6Qk73-wupqiZS_GtcLtHqKeoZQiNxbN0iiiJ/s1600/4.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" dda="true" height="291" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCrNV04XjSm5qRewc5A4gUu7VLSXyj6dxPOxWKOeQMMb0GZhbCdWPNWgzJus60HcKPbg1wjN8XSB3fLCJ1jw2nIvvz8tXsu6Yx8SaLRUOf6Qk73-wupqiZS_GtcLtHqKeoZQiNxbN0iiiJ/s400/4.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">“Espigueiros #4”<br />
(Lindoso, Novembro 2011)<br />
© Miguel Portugal</td></tr>
</tbody></table> <br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMzBECqh8U1gZW5KDeu7BUI0O1SNi_KE2iRMWNKkEDYH6OWOaiXam9FbvWg62oMMJ13f30Pyt-uOBScnjVEvsR-8l28CBzoAi8vpz8HUNlGWNyrGsQ6E5MIoZLmVyDRZqH9b5w3uBaCnhp/s1600/5.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" dda="true" height="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMzBECqh8U1gZW5KDeu7BUI0O1SNi_KE2iRMWNKkEDYH6OWOaiXam9FbvWg62oMMJ13f30Pyt-uOBScnjVEvsR-8l28CBzoAi8vpz8HUNlGWNyrGsQ6E5MIoZLmVyDRZqH9b5w3uBaCnhp/s400/5.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">“Espigueiros #5”<br />
(Lindoso, Novembro 2011)<br />
© Miguel Portugal</td></tr>
</tbody></table><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipcwmFrq7pdrY69FnPAGEoa0JwjT0KpSarbO5vdy6V4zT7hthaOD4pbyk5iKzVpoM09wPvBd9qhnKUkUKELqBsbgcQsktcUThmP6vs-c1BGGFfZysSaKXGZVJIRctLUVNlUH6WZ_vR9fiS/s1600/6.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" dda="true" height="277" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipcwmFrq7pdrY69FnPAGEoa0JwjT0KpSarbO5vdy6V4zT7hthaOD4pbyk5iKzVpoM09wPvBd9qhnKUkUKELqBsbgcQsktcUThmP6vs-c1BGGFfZysSaKXGZVJIRctLUVNlUH6WZ_vR9fiS/s400/6.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">“Espigueiros #6”<br />
(Lindoso, Novembro 2011)<br />
© Miguel Portugal</td></tr>
</tbody></table><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4_ZXRIdPVUge-HcrTf1UT6-DT7eEVo6pptkyO_xEtET2YadPO5die-k4FK_KkgiI12bbC5Y4mzQSS5558ZQq2nGbfsbX_ynxwAmmbMiYefVhfpWBNSZU2gwBh3pYRVk8fdnNi-1TEfimE/s1600/7.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" dda="true" height="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4_ZXRIdPVUge-HcrTf1UT6-DT7eEVo6pptkyO_xEtET2YadPO5die-k4FK_KkgiI12bbC5Y4mzQSS5558ZQq2nGbfsbX_ynxwAmmbMiYefVhfpWBNSZU2gwBh3pYRVk8fdnNi-1TEfimE/s400/7.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">“Espigueiros #7”<br />
(Lindoso, Novembro 2011)<br />
© Miguel Portugal</td></tr>
</tbody></table><br />
<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"></div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1256726867953476954.post-90253286379537918402011-12-02T11:56:00.001+00:002011-12-02T11:58:41.429+00:00Dar a pensar...<div style="text-align: justify;">«Os autodenominados cruzados contra a “mistela do eduquês” criticam sistematicamente a escola de hoje por ser um antro que tresanda a facilitismo e festa. Primeiro, é preciso dizer que existem, de facto, práticas de facilitismo nas nossas escolas. (…) Mas, por agora, a questão é outra. Mais uma vez, o equívoco é tremendo, porque os que criticam o dito clima de facilitismo e festa que existe nas escolas, ao fazerem incidir a sua crítica quase exclusivamente nas escolas, deixam subentendida mais uma missão para a escola, que desta vez consistiria em combater o facilitismo e a festa que impera, isso sim e antes de mais, na sociedade portuguesa (e ocidental). Vejamos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Facilitismo e festa! Mas haverá maior festa fácil do que aquela que a banca incentivou, na sociedade portuguesa, nos anos oitenta e noventa e na última década, massacrando as famílias e as empresas com o acesso fácil ao crédito, na hora e para todos? Todos, até os mais pobres, tinham que consumir o máximo, gozar ao máximo, mesmo sem dinheiro, tudo era fácil, facílimo. (…) O acesso ao consumo fácil, mesmo daquilo que não estava ao alcance de tantos milhares, gerou um clima de fácil acesso à “felicidade” terrena, que colocou os portugueses a viverem acima das suas posses e muito (muitíssimo!) para além do razoável. O risco atamancado em vez da prudência, o consumo desenfreado em vez da poupança, a festa fácil em vez da luta e do mérito. (…)</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Facilitismo e festa! Mas haverá maior festa do que este aumento desmesurado e descontrolado da despesa pública do Estado, a que assistimos nos últimos quinze a vinte anos, gastando-se sem controlo o dinheiro que não temos para termos a festa que não conquistamos? Porque é que se aumentou descontroladamente a despesa pública estatal em educação, fazendo incidir esse aumento quase exclusivamente em vencimentos dos docentes, destruindo, como se fez, em meados dos anos noventa, as poucas exigências colocadas à progressão automática na carreira? (…)</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Facilitismo e festa! Mas haverá maior festa do que aquela que os media promovem todos os dias, fazendo-nos chegar a casa a ideia de que subir na vida é fácil, basta ser estrela de cinema e ou de futebol ou jogar no “euromilhões”? (…) Não, não é preciso estudar, basta saber cantar ou dar uns chutos numa bola; não, não é preciso esforço, basta a sorte; não, não é necessário ser persistente e lutar, basta “conquistar” os favores das “estrelas” mediáticas. Os editores de jornais e revistas colocam todos os dias lixo nos escaparates, aos olhos de todos. Será assim tão difícil de perceber que esta escola mediática promove valores que, muito antes da escola (até aos seis anos), marcam profundamente as crianças e os jovens? Não se percebe que muitas famílias alinham neste modelo de vida que lhes é veiculado e nele estão acriticamente imersas, nele mergulhando as crianças e os jovens, muito antes de chegarem à escola e enquanto nela estudam? Mas são os mesmos media, quais virgens esvoaçando vestidas de branco, que veiculam as críticas mais ferozes e infundadas contra a escola de hoje, a dita escola da festa!</div><div style="text-align: justify;">(…)</div><div style="text-align: justify;">Facilitismo e festa! Mas estes senhores não vêem que a festa já se instalou por todo o lado e que e que já entrou no mais fino quotidiano, tendo as pessoas inclusivamente passado a saudar-se por um “Tá tudo?”, em vez de um simples e cordial “Bom dia!”. Não vislumbram que a festa fácil é o pão nosso de cada dia tanto das relações humanas, que se fazem e se desfazem, como das indiferenças perante as injustiças gritantes da nossa sociedade, como ainda do ocultamento do que é duro: o esforço, a luta honesta para construir um luar neste mundo, as injustiças, as desigualdades, a doença e a morte? Não está na cara que o mundo de hoje quer esconder tudo o que é difícil, em nome da festa do consumo fácil? (…)</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Estamos a pagar o preço do <em>bluff</em> que resulta de considerarmos a modernidade como uma espécie de campo de felicidade onde o outro não tem lugar, uma sociedade sem a relação humana e o sofrimento (…).»</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Azevedo, J. (2011). <em>Liberdade e Política Pública de Educação. Ensaio sobre um novo compromisso social pela educação</em>. Vila Nova de Gaia: Fundação Manuel Leão, pp. 63-6.</div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1256726867953476954.post-80560363812914054622011-11-20T23:30:00.001+00:002011-11-20T23:30:01.028+00:00Fotografias<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"> </div><div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaBiN88kkdbHsicTf5W86kmGKffZL0rTB0fQyw-zakbQiwCnTm3RXk-GaOgPOeTSesCgDxWTLiseZXFYoah9StTtzhSb_2C8StgCbo7xp7lJbrBOi0HjaEw3gLa6nAJSu-VNeCW1pNzzl-/s1600/barragem+lindoso.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" hda="true" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaBiN88kkdbHsicTf5W86kmGKffZL0rTB0fQyw-zakbQiwCnTm3RXk-GaOgPOeTSesCgDxWTLiseZXFYoah9StTtzhSb_2C8StgCbo7xp7lJbrBOi0HjaEw3gLa6nAJSu-VNeCW1pNzzl-/s400/barragem+lindoso.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">“Fugas #1”<br />
(Central Elétrica do Alto Lindoso, Novembro 2011)<br />
© Miguel Portugal</td></tr>
</tbody></table><br />
<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"> </div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg47u6iIdLAghEGXo2QhPsAT7UePjgqjB2yQ1DDzysQSg2dudHG8ihI27HZM3w28BCVzX1z46FrIaWytnGNVKB8MNVajtehPs_-V8n4k-22DXUH5jLOtFZjXAwKalAsk3rHzEaZUObhBM3N/s1600/barragem+lindoso+%25282%2529.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" hda="true" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg47u6iIdLAghEGXo2QhPsAT7UePjgqjB2yQ1DDzysQSg2dudHG8ihI27HZM3w28BCVzX1z46FrIaWytnGNVKB8MNVajtehPs_-V8n4k-22DXUH5jLOtFZjXAwKalAsk3rHzEaZUObhBM3N/s400/barragem+lindoso+%25282%2529.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">“Fugas #2”<br />
(Central Elétrica do Alto Lindoso, Novembro 2011)<br />
© Miguel Portugal</td></tr>
</tbody></table>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1256726867953476954.post-55706652666208500772011-11-18T23:28:00.001+00:002011-12-02T11:59:17.127+00:00Dar a pensar…<div style="text-align: justify;">«Durante estas últimas décadas, em que o Estado dirigiu um combate prolongado (mas muito atrasado) pela obrigatoriedade (combate sempre intenso) e pela universalização (combate apenas regular) da educação, só em boa parte alcançado pela forte cooperação das famílias, as expectativas sociais face à escola cresceram desmesuradamente e a tendência que hoje prevalece é a de esperar dela o amparo <em>social</em> para tudo, a almofada para todos os males e impasses e para todas as crises sociais, num transbordamento de mandatos societais (Nóvoa, 2006) que é inquietante, tal é a cegueira que o envolve. António Nóvoa, ao analisar este transbordamento, identificou (…) diversos mandatos para a educação escolar: educação ambiental (mar e florestas), educação para a segurança e a protecção civil, educação para a preservação do património cultural, educação para a saúde e promoção de comportamentos saudáveis, educação alimentar e de hábitos de consumo, educação sexual, educaçºão rodoviária, educação para o combate aos maus-tratos, abusos sexuais e violência doméstica, educação para a cidadania, educação para a promoção de valores, educação física, a que acresce ainda a educação para empreender. E pergunta: “estamos preparados para enfrentar (este conjunto de missões)? Ou é mais fácil enviar tudo para dentro da escola e, depois, culpar quem lá está pelo “desastre da educação”?” (<em>ibidem</em>). </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Ou seja, cabe perguntar: a escola foca-se hoje no dito amparo <em>social</em> ou na sua missão de ensinar e de fazer aprender, foca a sua missão em criar ambientes de <em>aprendizagem</em> capazes de promover percursos educativos concretos de qualidade para cada um? Ou foca-se em ambas as missões? E se se foca em ambas, com que especificidade o faz, no conjunto da sociedade, e com que equilíbrio com outras instituições sociais?»</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Azevedo, J. (2011). <em>Liberdade e Política Pública de Educação. Ensaio sobre um novo compromisso social pela educação</em>. Vila Nova de Gaia: Fundação Manuel Leão, pp. 37-8.</div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1256726867953476954.post-87623475154458541412011-11-05T20:21:00.001+00:002011-11-05T20:21:00.419+00:00Fotografia<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMpSVpz0-CkFQHVwAfs1PwSVlPjWwAFIVxKfaBtQRCQjO3kyMtKuVczI-7MdIhKiQHVCMjQ28ftuXDeDpO0fnkGoV8HTPmlD2jGMmRWoidhdvYEYrHR3vdW1Ig14_8rhyRAThry5IWQSqd/s1600/P9170034.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" ida="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMpSVpz0-CkFQHVwAfs1PwSVlPjWwAFIVxKfaBtQRCQjO3kyMtKuVczI-7MdIhKiQHVCMjQ28ftuXDeDpO0fnkGoV8HTPmlD2jGMmRWoidhdvYEYrHR3vdW1Ig14_8rhyRAThry5IWQSqd/s640/P9170034.JPG" width="472" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">“À janela”<br />
(Hotel Vila Galé, Ericeira, Setembro 2011)<br />
© Miguel Portugal</td></tr>
</tbody></table>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1256726867953476954.post-73752131815945482202011-11-04T10:03:00.001+00:002011-11-04T10:06:38.243+00:00O cerco à Grécia aperta.<div style="text-align: justify;">O PM grego entrincheira-se num referendo. Instrumento democrático por excelência, o referendo é sempre bom quando não há mais solução política, quando os políticos eleitos não são mais capazes de resolver os problemas; assim, coloca-se nas mãos do povo o ónus de resolver os problemas. Mas acontece (é um facto) que, em geral, as populações de alguns países, notavelmente do sul da Europa, (ainda?!) não têm a atitude política e o nível de conhecimentos suficientes para se envolverem numa democracia mais participativa (e menos ainda numa democracia deliberativa) e, por isso, quando são chamados a resolver problemas complexos como os que vivemos neste início de século, tornam a solução num resultado de uma roleta russa. Veja-se, entre nós, como é muito comum ouvirem-se os atores das “novelas informativas” de massas, em que, supostamente, se discutem os problemas políticos essenciais, dizerem coisas como “eu não sou economista…” ou “eu não percebo nada de economia…”, “…mas acho que…”: não se sabe, mas quer-se ter uma influência credível! (Não é preciso ter conhecimentos avançados de lógica, para perceber a contradição.) A ditadura da opinião impera, pois, como se não saber não fosse impeditivo de opinar sobre questões tão fulcrais e sérias. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Há quem diga que a União Europeia sabia do referendo grego e seria uma estratégia para pôr o povo grego, decididamente, na linha… da austeridade, da poupança e de uma vida mais simples e comedida, mais esforçada, para ver se a Grécia sai do caos – se o “sim” à permanência da Grécia na zona Euro ganhasse (com continuação da austeridade), seria uma legitimação importantíssima e uma responsabilização oportuníssima de todo o povo grego perante os esforços coletivos necessários, como último gesto salvífico.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">De qualquer modo – quer seja uma iniciativa isolada de Papandreou, quer concertada com a UE – penso que se trata de uma cobardia política: do PM grego, que se refugia na responsabilização de um povo com poucas condições para ser, agora, responsável e da UE, que vai a reboque em mais um sinal de incerteza e indecisão, que tem arrastado todos os europeus, principalmente os que habitam os países menos desenvolvidos e com mais problemas económicos e financeiros, como Portugal, Irlanda e a própria Grécia.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O referendo, se funcionasse (o que não é líquido), até seria uma solução, perfeitamente legítima. Mas o problema não pode esperar mais: quem emprestou, não pode esperar mais; quem investe, não pode esperar mais; as economias dos países mais vulneráveis da Europa não podem esperar mais por crédito finalmente a preços exequíveis. A solução grega (europeia!) terá que passar por um governo novo, de unidade nacional, mas também por alterações essenciais nas estruturas governativas da UE, para garantir mais estabilidade económica e financeira em toda a União, principalmente nestes momentos de crise económica.</div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1256726867953476954.post-91942141096090695482011-11-02T00:55:00.000+00:002011-11-02T00:55:52.565+00:00Pequenos pedaços de cultura académica – de mestre!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhY4rM68xXdstdSQx_YkF0sli9PdxMQ6io1LowdcICR3q6cGsGXY93gURICDGusjA8RMXw26hKi1zAtTytLteDGPu70pKsiDgVJSeIacSpI9gn8EV_keZ7htkF1sntl4oVuUUqTA5lMP2my/s1600/MestreCervejeiro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ida="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhY4rM68xXdstdSQx_YkF0sli9PdxMQ6io1LowdcICR3q6cGsGXY93gURICDGusjA8RMXw26hKi1zAtTytLteDGPu70pKsiDgVJSeIacSpI9gn8EV_keZ7htkF1sntl4oVuUUqTA5lMP2my/s1600/MestreCervejeiro.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;">No <a href="http://repositorio.utad.pt/">“Repositório” da Universidade de Trás-Os-Montes e Alto Douro</a> tropecei numa <a href="http://repositorio.utad.pt/bitstream/10348/516/1/msc_jgamsousa.pdf">dissertação de mestrado</a>, pequena peça (74 páginas) de excelso trabalho científico, que deveria dar prova de saber pensar e escrever sobre um tema, que, no entanto, muito me desgostou.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O desgosto facilmente se percebe numa rápida análise de alguns atropelos grotescos à gramática da língua lusa e às mais elementares técnicas de investigação, que não resisto a enunciar, a título exemplificativo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">No lugar de dois pontos, para passar a citar, o “mestre” usa uma vírgula: «F. Vieira (1993) faz a seguinte definição, “Supervisão pode definir-se como…» </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Desconhece, com toda a certeza, o significado e valor lógico-sintático dos parêntesis: «Segundo (Estrela et al. 2002) os princípios importantes que estão inerentes à prática pedagógica são…» Não, não foi um lapso de escrita, é mesmo estilo próprio: «Segundo (Garmston, Lipton e Kaiser, citado em Oliveira-Formosinho, 2002, p. 24), são apontadas três grandes finalidades à supervisão…»</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Ainda nas citações, repare-se na utilização, anómala, dos dois pontos entre o autor e a data de publicação da obra, quando o correto seria uma vírgula e os dois pontos para indicar a página (falha recorrente nesta prova de competência em investigação): «Logo (Alarcão & Tavares: 2003) “, o objectivo da supervisão…» E mais uma prova da ignorância do significado do parêntesis!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E mais este uso, no mínimo abusivo, de parêntesis, que tão facilmente era corrigido com o uso de vírgulas: «…e com um conjunto de competências, nomeadamente, o possuir uma visão aprofundada/discernimento (insight) (permite compreender o significado do que está a acontecer); ter capacidade de previsão (foresight) (importante para ver o que poderá acontecer); ter capacidade de retrovisão (hindsight) (importante para ver o que devia ter acontecido e não aconteceu); possuir uma segunda visão/intuição (second sight) (para saber como conseguir que aconteça o que deveria ter acontecido ou que não aconteça o que realmente aconteceu e não devia ter acontecido).»</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E esta sintaxe? «Segundo Stones (1984), este relaciona a supervisão com a visão…»</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E isto é aceite como uma dissertação de mestrado por uma instituição universitária! Porquê?! Bem, emendo: não é bem uma dissertação de mestrado; trata-se de um «Relatório Dissertativo (Tese) de mestrado». É diferente!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mas, afinal, não deixa de ser um «Mestrado do 2º Ciclo em Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário»! Haverá agora mestrados do 1.º ciclo? E mestrados do 3.º ciclo – também há?!</div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1256726867953476954.post-53120073021784945472011-10-23T18:43:00.001+01:002011-10-23T18:44:28.172+01:00Descuidos ortográficos<div style="text-align: justify;">No Jornal de Letras de 7 a 20 de Setembro último, José Carlos de Vasconcelos defende, no editorial, de forma até convincente, a naturalidade de mais um acordo ortográfico, a par de outros que já aconteceram na nossa história. A ortografia linguística não precisa, necessariamente, de se basear em absoluto na etimologia. Admitamos que a razão lhe assiste. Começo a admiti-lo e, escrever na nova grafia, começa até já a ser menos estranho para mim.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Na secção de educação do mesmo eminente jornal literário, pode ler-se uma entrevista ao novo Ministro da Educação e Ciência, com o título reconfortante “Novo ano letivo: aposta na exigência”. A jornalista que assina o trabalho, Francisca Cunha Rêgo, escreve na introdução:</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">«”Mais rigor, mais trabalho, mais sucesso” são os lemas do Ministro Nuno Crato para este ano letivo. Para concretizar estes objetivos considera indispensável aprofundar a autonomia das escolas, apostar na preparação de professores e concretizar algumas reformas, de par com outras que já <u>veem</u> do anterior executivo.» (Sublinhado meu.)</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pois é, no novo acordo ortográfico cai o acento gráfico no primeiro “e” de “veem”, terceira pessoa do plural do presente do indicativo do verbo… “ver”! Acontece que a jornalista queria ter utilizado, naturalmente, o verbo “vir”, na terceira pessoa do plural do presente do indicativo – “vêm” –, que tem de manter o acento gráfico (caso contrário, não se distinguiria da terceira pessoa do singular – “vem” – do mesmo tempo verbal).</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Não, não é gralha tipográfica. Como não é ainda falta de exercício de escrita sob o novo acordo ortográfico. Trata-se, outrossim, do erro ortográfico, aliás muito comum, que consiste em confundir a terceira pessoa do plural do presente do indicativo do verbo “ver” com a mesma terceira pessoa mas do verbo “vir”, que na pena de jornalistas ou outros agentes sociais com responsabilidades sócio-culturais diretas, se transforma em falha técnica grosseira. Errar é humano. Falhar tecnicamente é incompetência.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Num jornal desta dimensão cultural, num número que dá visibilidade à (nova) grafia da língua portuguesa, dando destaque (num editorial apologético) ao novo acordo ortográfico, numa introdução a uma entrevista ao novo MEC e com o subtítulo “aposta da exigência”… não é admissível ou de qualquer modo desculpável este tipo de falhas. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Estes descuidos só desprestigiam a classe dos jornalistas, a língua portuguesa e o próprio ato de escrita, que continua a ser, devido a vários condicionalismos, muito desprezado pelas novas gerações, que necessitam de exemplos à altura. (O essencial – bem escrever… e escrever bem! – continua a ser, talvez demasiadas vezes, arredado para o lugar de acessório.) E o leitor maduro e apaixonado fica frustrado, quando sente o incómodo dissabor da palavra mal escrita ou, quando é o caso, o embaraçoso amargo da frase mal composta. Escrever é uma arte, um jogo,… de qualquer modo uma benesse cultural de quem chega a ser humano, e, como tal, implica rigor e exige cumprimento de regras.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Vale a pena apostar no rigor e na exigência, que aumenta a prazenteira satisfação e nos eleva como ser de cultura – que é como quem diz: de cuidado!</div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1256726867953476954.post-84575228670247051162011-10-19T16:21:00.000+01:002011-10-19T16:21:05.788+01:00Fotografias<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEib5l2vhV3tPB4qhkBGoD-Jc7AdmXnbX4jKQDj1VyNIUyElu-IW53mRN8hyOONVjvF5pnNdBhgzMqfJHVy5mhkxZl3SO7Itt98cjvhZLXo2dqwnjHr_Y2pX4ytGN72laVzerUQ0gmVm2FUx/s1600/P9170061.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="301" rda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEib5l2vhV3tPB4qhkBGoD-Jc7AdmXnbX4jKQDj1VyNIUyElu-IW53mRN8hyOONVjvF5pnNdBhgzMqfJHVy5mhkxZl3SO7Itt98cjvhZLXo2dqwnjHr_Y2pX4ytGN72laVzerUQ0gmVm2FUx/s400/P9170061.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">“Casamento em viveiro de lagostas, com fotógrafo #1”<br />
(Ericeira, Setembro 2011)<br />
© Miguel Portugal</td></tr>
</tbody></table><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGqwDeGUz6NFlPx2PsABcRQzJp2LgKX2tFJOY8OTdg970RMYFugFddx32KECGBq3MrgMn-lwbTIgNHDOEz-dVoVW7LF3fGCvBv6iDM7CvP1AJKFkClvXM5nUkDhEf5QffDxoLALgiUmvXS/s1600/P9170062.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="308" rda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGqwDeGUz6NFlPx2PsABcRQzJp2LgKX2tFJOY8OTdg970RMYFugFddx32KECGBq3MrgMn-lwbTIgNHDOEz-dVoVW7LF3fGCvBv6iDM7CvP1AJKFkClvXM5nUkDhEf5QffDxoLALgiUmvXS/s400/P9170062.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">“Casamento em viveiro de lagostas, com fotógrafo #2”<br />
(Ericeira, Setembro 2011)<br />
© Miguel Portugal</td></tr>
</tbody></table>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1256726867953476954.post-50762922034720889652011-10-17T14:54:00.001+01:002011-10-17T14:54:35.782+01:00Indignados ou o prazer de olhos vendados?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfglgAUhncuVaxomS9MdszP_9EnxAle2qmMz6yUCjxnXORmCirqIuxVP2gmjGyIwhM2p1LI53UoDXXBilU9sJ66NnsgUTpehJJzb75s0dxXQBrOVxxNcHM0tno0PBZpX1PtiZ_T_626e7W/s1600/de+olhos+vendados.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="283" oda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfglgAUhncuVaxomS9MdszP_9EnxAle2qmMz6yUCjxnXORmCirqIuxVP2gmjGyIwhM2p1LI53UoDXXBilU9sJ66NnsgUTpehJJzb75s0dxXQBrOVxxNcHM0tno0PBZpX1PtiZ_T_626e7W/s400/de+olhos+vendados.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;">Numa entrevista televisiva de hoje, uma das manifestantes de jovens indignados queixava-se da vida: três aulas por semana numa escola e mais umas aulas de música a recibos verdes; € 400 mensais; a tragédia completa-se quando a geração dos seus pais, com a sua idade (trinta e poucos) já tinha uma casa e os filhos quase criados.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pois. Esquece-se a jovem indignada que a geração dos seus pais, por falta de emprego, mas também de qualificação (o que “parece” nem ser o caso, hoje!), teve que emigrar; e foi com francos ou marcos, que receberam em troca de trabalho árduo (não emprego estável, no Estado, a polir as esquinas dos gabinetes), que construíram o seu quarto de bonecas!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Vivemos uma crise económica e financeira e os ditos "jovens indignados" ainda não se aperceberam que também vivemos uma crise atitudinal – a “geração à rasca” dos agora supostamente indignados cresceu num limbo atordoante de miragens facilitistas, hiperconsumistas e de vida enlatada, pronta a servir, do qual dificilmente vão sair em tempo útil.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O que mais me preocupa (não, não me surpreende – preocupa, mesmo!) é a total desfaçatez face à realidade de uma quantidade enorme de jovens (não são todos, obviamente) desta dita “geração à rasca”. Além de terem uma total ausência de conhecimentos de economia (teórica e prática!) – o que, nos dias de <em>fast food</em> educativo que correm não causa grande admiração – ainda conseguem não ter, muito natural e desavergonhadamente, qualquer proposta alternativa exequível, justa e minimamente refletida ao atual <em>status quo</em>.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O capitalismo está em crise. Mas talvez nunca se tenha visto uma esquerda (ou o que resta dela) intelectualmente tão esvaziada de ideias, uma sociedade civil tão ineficaz analiticamente e, consequentemente, movimentos contestatários tão (desculpem, mas…) <a href="http://cachimbodemagritte.com/3295823.html">ridículos</a>.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Eles teimam em não tirar a venda dos olhos. Mas como necessário é começar por ver...</div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1256726867953476954.post-32059765635897954002011-10-14T15:16:00.000+01:002011-10-14T15:16:32.438+01:00Fotografias<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhub_1D6qdVZlazkh3ELULBlzNJhTVmACoJ2cwg84Q3yX-wS2IAfLcQYqHTGP7bj7WqTNov8Y123V4BgrJLEpHDqKOCeIPfYsbmfLup0EqUpaDIKC3YQRc1eGSiuMt0Dj1cAeKFBndbuDwQ/s1600/P8090293.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" oda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhub_1D6qdVZlazkh3ELULBlzNJhTVmACoJ2cwg84Q3yX-wS2IAfLcQYqHTGP7bj7WqTNov8Y123V4BgrJLEpHDqKOCeIPfYsbmfLup0EqUpaDIKC3YQRc1eGSiuMt0Dj1cAeKFBndbuDwQ/s400/P8090293.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">“Camuflagem em fim de tarde #1”<br />
(Armação de Pera, Agosto 2011)<br />
© Miguel Portugal</td></tr>
</tbody></table><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTOX2jdviImR3fTAX7kPKzu0aTx35xIezaPKP1MjhJMgqBxLCBps5DmxrMvtljQ5tkbP73PY7QpaFjaJqgI0-iNb2VmmcIAIiB9hM8ghXykzwNkR-jDyigt3fjrBLMBQk_wrASNElDJ32n/s1600/camuflagem_arm+pera_agosto2011.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" oda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTOX2jdviImR3fTAX7kPKzu0aTx35xIezaPKP1MjhJMgqBxLCBps5DmxrMvtljQ5tkbP73PY7QpaFjaJqgI0-iNb2VmmcIAIiB9hM8ghXykzwNkR-jDyigt3fjrBLMBQk_wrASNElDJ32n/s400/camuflagem_arm+pera_agosto2011.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">“Camuflagem em fim de tarde #2”<br />
(Armação de Pera, Agosto 2011)<br />
© Miguel Portugal</td></tr>
</tbody></table><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4JZ6oms4YKAu149gcEowUZCns1paKdB0qYbHl0IY8f7OyduHHA69ocN7oBCC1pJp5bg3M4DmNZS1J8ZA7IZQN2xZc-s2C-H78AHsfhHX7guIEtr4tYU7cLE1riUNYy-2maE7b88hY5IYN/s1600/P8090292.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" oda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4JZ6oms4YKAu149gcEowUZCns1paKdB0qYbHl0IY8f7OyduHHA69ocN7oBCC1pJp5bg3M4DmNZS1J8ZA7IZQN2xZc-s2C-H78AHsfhHX7guIEtr4tYU7cLE1riUNYy-2maE7b88hY5IYN/s400/P8090292.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">“Camuflagem em fim de tarde #3”<br />
(Armação de Pera, Agosto 2011)<br />
© Miguel Portugal</td></tr>
</tbody></table>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1256726867953476954.post-9427420978205522682011-10-10T22:36:00.001+01:002011-10-10T22:41:21.946+01:00E se Portugal já não existir daqui a 50 ou 100 anos?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikFwOJMmgLggBYfN1kAWvU2fJ0HSHroRab_c0AjcwknD3FGREkCAlmH_1twMIl8hbk_ND7nbqNG0hXpVcTrq_upAIaSepiJbWd0KvEO3VCGUziZm8j2xOVWNmU5UuFRqy2MISAfwRQoQDg/s1600/antonio_barreto.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" kca="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikFwOJMmgLggBYfN1kAWvU2fJ0HSHroRab_c0AjcwknD3FGREkCAlmH_1twMIl8hbk_ND7nbqNG0hXpVcTrq_upAIaSepiJbWd0KvEO3VCGUziZm8j2xOVWNmU5UuFRqy2MISAfwRQoQDg/s1600/antonio_barreto.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;">Eis mais uma <a href="http://economico.sapo.pt/noticias/portugal-pode-deixar-de-existir-como-pais-diz-antonio-barreto_128638.html">análise lúcida e descomprometida de António Barreto</a>. E se Portugal já não existir daqui a 50 ou 100 anos? De facto, pode acontecer que, daqui a umas décadas, o nosso país deixe de existir tal como o conhecemos, esteja integrado numa Europa institucionalmente diferente e que, para tal, muito tenha contribuído a nossa (in)acção inconsciente, mas decisiva. Afinal, tudo o que (não) vamos fazendo enquanto povo pode ir num sentido de uma entropia irreversível!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Já tive mais razões para ser otimista. Mas continuam teimosamente a ressoar em mim as palavras sábias do filósofo austríaco Karl Popper: «sou um otimista, porque não vale a pena ser mais nada.»</div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1256726867953476954.post-53668152244413623892011-10-07T12:39:00.001+01:002011-10-07T12:40:49.359+01:00Fotografias<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgA-nBmqCIz0XS03Wykfd7WF3bGp5HwgO2UvMBJ7xL-df5r50Xhhxfw505J91J6-9FJEzEBLVFOv_yLrO0b1lrsMM9CEYsGNOT7zfK_HgMsfQiEYLP0zy9BxOg4FSEzWM0ohGZFwFcbmSci/s1600/1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" kca="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgA-nBmqCIz0XS03Wykfd7WF3bGp5HwgO2UvMBJ7xL-df5r50Xhhxfw505J91J6-9FJEzEBLVFOv_yLrO0b1lrsMM9CEYsGNOT7zfK_HgMsfQiEYLP0zy9BxOg4FSEzWM0ohGZFwFcbmSci/s400/1.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">“Menires #1”<br />
(Ponta da Piedade, Lagos, Agosto 2011)<br />
© Miguel Portugal</td></tr>
</tbody></table><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYwqVrQmoeqHnf-55evWDuF0-W5YbDa03nFbX0GSUqwNayln0EBzjBj_db51PoW6E0KYNB9GvpMLusex584hHKz8UlqY5P40sjbuaTEYcpuzfUrMOnJ9k6SX_x7TGDwSjKGpyXi7LNZ_mu/s1600/2.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" kca="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYwqVrQmoeqHnf-55evWDuF0-W5YbDa03nFbX0GSUqwNayln0EBzjBj_db51PoW6E0KYNB9GvpMLusex584hHKz8UlqY5P40sjbuaTEYcpuzfUrMOnJ9k6SX_x7TGDwSjKGpyXi7LNZ_mu/s640/2.JPG" width="480" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">“Menires #2”<br />
(Ponta da Piedade, Lagos, Agosto 2011)<br />
© Miguel Portugal</td></tr>
</tbody></table><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifdL5Pw3jBz2n7gkKqgJ6Vqb__IoKVVbXgS8IbraHS3yks9VJobzWRJeGGxqfJ4wSGQetJ-nSGq8fhtfVS3UFBuIh3UWN_NdxN4s6uYJJBYgAkXda-Irwl-HpPJgpCRGw7XciHopk_Go8h/s1600/3.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" kca="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifdL5Pw3jBz2n7gkKqgJ6Vqb__IoKVVbXgS8IbraHS3yks9VJobzWRJeGGxqfJ4wSGQetJ-nSGq8fhtfVS3UFBuIh3UWN_NdxN4s6uYJJBYgAkXda-Irwl-HpPJgpCRGw7XciHopk_Go8h/s400/3.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">“Menires #3”<br />
(Ponta da Piedade, Lagos, Agosto 2011)<br />
© Miguel Portugal</td></tr>
</tbody></table><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFnMfxNujZDnVEMhV4W826ZayzXURYc56o0lLcc2vzeqlRR87RuxnTNKBo1lABoTXMY2RWKpLTLVdmIFEvaaSCqDoPi-nz4u0C4ICtp9QSMunLMkfbHT5Ph_tQgZccCyL0FXVRM_PsjPWZ/s1600/4praia+do+camilo.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" kca="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFnMfxNujZDnVEMhV4W826ZayzXURYc56o0lLcc2vzeqlRR87RuxnTNKBo1lABoTXMY2RWKpLTLVdmIFEvaaSCqDoPi-nz4u0C4ICtp9QSMunLMkfbHT5Ph_tQgZccCyL0FXVRM_PsjPWZ/s400/4praia+do+camilo.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">“Menires #4”<br />
(Praia do Camilo, Lagos, Agosto 2011)<br />
© Miguel Portugal</td></tr>
</tbody></table><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMm-C87qydiqfzG5uw_i0CpoePXZ02raLdLuzZVmp_5itJuN-wTrIZzagTOjlsgev3ToNKPmQTqRV-SHJTzmafFgAX79O_XZ8lJ6eQptljPC8c7Wrx_tSk-gp0mxCPXliF9Cj8_0XYoYtd/s1600/5.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" kca="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMm-C87qydiqfzG5uw_i0CpoePXZ02raLdLuzZVmp_5itJuN-wTrIZzagTOjlsgev3ToNKPmQTqRV-SHJTzmafFgAX79O_XZ8lJ6eQptljPC8c7Wrx_tSk-gp0mxCPXliF9Cj8_0XYoYtd/s400/5.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">“Menires #5”<br />
(Praia do Camilo, Lagos, Agosto 2011)<br />
© Miguel Portugal</td></tr>
</tbody></table><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjM9yPt7ghMLTg2KF2Yy78ApXhYClZ-S-wa4VrNV5WYa6vyq5fzpmm2EQbEBGM8H3Dg68nTxATHELkLvBRq3wNvbKX-r4aX9U4YRfVZHx7WIVcMqU9EebdJrD7lDhBjA_qk_3wluFqOqcdk/s1600/6.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" kca="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjM9yPt7ghMLTg2KF2Yy78ApXhYClZ-S-wa4VrNV5WYa6vyq5fzpmm2EQbEBGM8H3Dg68nTxATHELkLvBRq3wNvbKX-r4aX9U4YRfVZHx7WIVcMqU9EebdJrD7lDhBjA_qk_3wluFqOqcdk/s640/6.JPG" width="480" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">“Menires #6”<br />
(Praia do Camilo, Lagos, Agosto 2011)<br />
© Miguel Portugal</td></tr>
</tbody></table>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1256726867953476954.post-9202561401800307782011-09-16T14:19:00.001+01:002011-09-16T14:20:38.843+01:00Sobre a contratação generalizada de professores pelas escolas<div style="text-align: justify;">Numa (benvinda) fase de reforma liberalizadora do sistema educativo, seria interessante, no entanto, proceder a uma apreciação crítica adequada à nossa realidade. Por exemplo, a previsível contratação de professores directamente pelas escolas/directores é um bom sistema, em abstrato, mas não funcionará adequadamente, em particular, em muitas escolas portuguesas, porque:</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">- alguns directores (demasiados?) funcionam numa lógica imbecilmente partidária, amiguística, tribal até e, em geral, não percebem nada de educação e organização educativa (não mais do que qualquer outro professor mediano), para além de lhes faltar espírito de serviço e outros preceitos éticos;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">- alguns autarcas (demasiados?), agora representados no Conselho Geral das escolas (conselhos de administração), também não estão lá para pensar no futuro daquelas crianças e jovens, mas no modo como vão continuar a exercer um poder cada vez mais alargado sobre os seus concidadãos ignorantes e dependentes (que bela democracia!);</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">- alguns pais (demasiados?), representados naquele mesmo conselho, não têm ainda capacidade e conhecimentos para exigir os melhores professores, porque não percebem o verdadeiro valor da educação para os seus filhos e, também eles, estão completamente manietados pelo poder político local, uns parecendo mesmo delirar com tal jogo deprimente e todos, de qualquer modo, incapazes de se libertarem de tais grilhões.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A não ser assim, muito naturalmente que uma maior autonomia das escolas aumentaria a qualidade do serviço prestado, pois, sendo o director alguém sapiencialmente qualificado e motivado para a área da educação e gestão escolar (e não para outra coisa qualquer!), escolheria os melhores professores para a sua escola, exigiria os melhores resultados possíveis, em constante diálogo com cada professor ou grupo de professores e, assim, estaria em posição de apresentar um verdadeiro serviço público de educação e ensino aos seus destinatários – a sociedade, em geral, e a comunidade local, em particular.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mas isto, como é sabido, é ainda uma miragem no nosso país. De qualquer modo, também é verdade que não podemos continuar sentados, a apontar - pateticamente risonhos ou inconsequentemente zangados - as desgraças da nossa própria sociedade. É imperioso começar a desbravar caminho em direcção à civilização… por muito esforço e desalento que tal envolva!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">P.S.: Texto adaptado a partir de um comentário a <a href="http://www.profblog.org/2011/09/concursos-locais-de-recrutamento-de.html#more">este post do Profblog</a>, de Ramiro Marques.</div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1256726867953476954.post-36957724879864140232011-09-14T15:37:00.001+01:002011-09-14T15:38:33.278+01:00O verdadeiro resultado de Portugal<div style="text-align: justify;">O gráfico que mostra a percentagem de <a href="http://www.oecd.org/dataoecd/61/2/48631582.pdf">pessoas qualificadas com o ensino secundário, nos países da OCDE</a>, é o seguinte:</div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheg90HQ1woXTfXT5kbFGQqSou566hiiZaETkNgl3fl4u5rwYGogJ1Ftod9Bn61qItuuHAVU8YVA-KYeiw8lkXZKGyxW8DwqL6wgs_1Lm91H-s8-wD8Jy0stp_h_vHMHBTpi1cymNClJY2v/s1600/ocde+secundario.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" rba="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheg90HQ1woXTfXT5kbFGQqSou566hiiZaETkNgl3fl4u5rwYGogJ1Ftod9Bn61qItuuHAVU8YVA-KYeiw8lkXZKGyxW8DwqL6wgs_1Lm91H-s8-wD8Jy0stp_h_vHMHBTpi1cymNClJY2v/s1600/ocde+secundario.jpeg" /></a></div><br />
<div style="text-align: justify;">Mas eis o verdadeiro resultado de Portugal em qualificação no ensino secundário (não vá alguem querer fazer uma leitura apressada!): para uma leitura mais próxima da realidade é, naturalmente, necessário retirar a percentagem de pessoas com mais de 25 anos de idade com o ensino secundário, pois trata-se de pessoas que obtiveram essa certificação (diferente de qualificação e formação!) através do programa "Novas Oportunidades"; assim, Portugal é, na verdade, arrastado para antepenúltimo, à frente apenas do México e da Turquia...!</div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBDdfIZxZt1-GE2maHM2fLI66slRJmojG1XkykxgfoEld7C2cOd_9Xr3q901F6_MxLXQ8Mu6rTaLhZZ6-i8xXpJGDUW2MHnj02qQK0gXkqGbLebgH04-PmP8fYsyKNHWV_U92EEPrNlyFs/s1600/ocde+secundario_sem+NO.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" rba="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBDdfIZxZt1-GE2maHM2fLI66slRJmojG1XkykxgfoEld7C2cOd_9Xr3q901F6_MxLXQ8Mu6rTaLhZZ6-i8xXpJGDUW2MHnj02qQK0gXkqGbLebgH04-PmP8fYsyKNHWV_U92EEPrNlyFs/s1600/ocde+secundario_sem+NO.jpeg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1256726867953476954.post-22470006906139450622011-09-13T17:38:00.004+01:002011-09-13T17:53:59.215+01:00Estamos em primeiro... mas não estamos!<div style="text-align: justify;">Pelo estudo revelado hoje pela <a href="http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=92&did=172605">OCDE, Portugal está entre os primeiros países com a taxa de conclusão do ensino secundário mais elevada</a>. Claro que isto apenas acontece devido ao programa "Novas Oportunidades", que tem, supostamente, "qualificado" centenas de pessoas, de todas as idades, com uma equivalência, entre outras, ao 12.º ano de escolaridade.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div>O MEC, Nuno Crato, já disse que não se pode fazer uma leitura apressada desses números, justamente porque o programa "Novas Oportunidades" não tem qualificado, efectivamente, os portugueses. Em vez disso, tem, sobretudo, concedido diplomas de equivalência de estudos, que na esmagadora maioria não foram realizados com a profundidade e rigor suficientes, para que se possam comparar com o nível secundário de qualificação. Pena é que a OCDE, organização altamente credível, não tenha já em conta este tipo de malabarismos políticos, que inquinam os resultados de estudos tão importantes para os governos dos países fazerem correcções e prosseguirem na senda do progresso, neste caso educacional e de qualificação dos seus cidadãos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em suma: estamos em primeiro, sem estarmos em primeiro! Que bom!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Também nesta matéria, este governo terá de percorrer um longo e árduo caminho na senda da verdade, sem melindrar ninguém, mas também sem enganar ninguém. Afinal, o que seria desejável para todos -- sobretudo para os directamente implicados, aqueles que não puderam concluir o ensino secundário em devido tempo -- era esforçarmo-nos todos (governo, escolas, professores e alunos) para se conseguir uma efectiva qualificação média, equivalente, de facto (embora com as devidas adaptações), ao ensino secundário.<br />
<br />
Anexo para reflectir, porque há, desafortunadamente, um lado realista nesta anedota, de algum modo representativa de uma parte de um país em que o que vale reduz-se a futebol e miúdas "boas":<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_ESH1P0kqsozYOU2DsWAepYd5XXd6HSFUg4On5rkv9ND1RopWDv52PCJuu2HnyxXr8CA5bjaJAPqf3dZxt8Ru3HF13K-1kzFlM5ZMkhFV1FzT2YrzHwgj2GphyphenhyphenZnsJfgKjMiYO_ZZXZz4/s1600/contratada.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" rba="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_ESH1P0kqsozYOU2DsWAepYd5XXd6HSFUg4On5rkv9ND1RopWDv52PCJuu2HnyxXr8CA5bjaJAPqf3dZxt8Ru3HF13K-1kzFlM5ZMkhFV1FzT2YrzHwgj2GphyphenhyphenZnsJfgKjMiYO_ZZXZz4/s1600/contratada.jpg" /></a></div></div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1256726867953476954.post-6349844072368560272011-09-05T11:08:00.000+01:002011-09-05T11:08:20.242+01:00Racionalização do sistema educativo<div style="text-align: justify;">Nuno Crato começa a tomar medidas de racionalização do sistema educativo. A <a href="http://www.publico.pt/Educa%C3%A7%C3%A3o/governo-anunciou-hoje-extincao-das-direccoes-regionais-de-educacao_1510255">extinção das DRE's</a> é uma delas. Tratava-se de organismos intermédios que exerciam controlo sobre as escolas e lhes prestavam apoio. A ideia é, por um lado, aumentar a autonomia das escolas e, por outro, garantir-lhes o apoio necessário através de estruturas mais simplificadas. Ganha-se na redução da despesa e na simplificação administrativa. Finalmente.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Outra ideia na forja é a da <a href="http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/ensino/curriculos-mudam">descentralização da contratação de professores</a>. Trata-se de um processo altamente centralizado e, por isso, moroso e dispendioso. A ideia é a de serem as próprias escolas a contratar todos os professores, retirando esse peso ao Ministério. Caberá à administração da escola desenhar os termos dos concursos e seleccionar os professores com o curriculum e o perfil adequados para os lugares. Este processo existe há muito noutros países. Contudo, a consciência ética e a própria vivência de autonomia nem sempre serão idênticos entre nós. É preciso que quem esteja à frente das escolas tenha a capacidade ética para contratar os melhores e não apenas os mais subservientes, os do partido ou os "amigos das patuscadas"!</div><div style="text-align: justify;"><br />
A propósito da sempre difícil autonomia, cabe dizer que é fora da gaiola que o pássaro reaprenderá a voar, é certo. Mas suspeito que se dará muitas cabeçadas. De qualquer modo, não só não se pode continuar, em toda a sua plenitude, com um despesista sistema centralizado, como é o Ministério da Educação, como também é hora das populações começarem a suportar, democraticamente, uma efectiva autonomia das escolas, enquanto instituições importantíssimas para a sua existência. Como? Prestando bem atenção sobre quem serão os profissionais, por si eleitos, mais bem preparados para dirigir as escolas e assim organizar instituições que tornem os seus filhos em adultos verdadeiramente bem educados e instruídos!</div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1256726867953476954.post-38440465162807248712011-08-31T12:46:00.000+01:002011-08-31T12:46:42.853+01:00Responsabilidade intelectual, a propósito das críticas à ADD<div style="text-align: justify;">Nem todas as emendas feitas à ADD pelo Ministério de Nuno Crato foram acertadas. O caso dos contratados não poderem aceder ao "excelente" é, obviamente, um desses casos, medida que apenas tem uma explicação economicista, compreensível, mas muito dificilmente aceitável. As quotas são, legitimamehte, um tema altamente discutível, pela injustiça que criam.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mas, tirando mais um ou outro pormenor perfectível, penso que que as emendas vão no bom sentido. Por entre tantas críticas, muitas delas altamente ferozes, só ainda não consegui compreender que outro tipo de avaliação de professores poderíamos ter! Por exemplo, o que seria uma avaliação de desempenho docente sem a utilização do conceito de supervisão? Esta é uma das críticas predilectas de muitos, que talvez não dominem efectivamente o conceito (Terão frequentado o curso errado? Na instituição errada? Não terão consultado, criticamente, sequer um livrozito ou mesmo um sitezito que os esclareça? Qual a efectiva relação dos actuais professores com o conhecimento? Será tudo eduquês, por muito que muitos nem sequer saibam o significado do neologismo?)</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Seria muito mais elevado e consonante com a actividade profissional de professor e concomitante responsabilidade intelectual, que se sugerissem formas de gerir a escola que temos hoje, as aprendizagens que temos e as que queremos e temos necessidade de ter e, portanto, neste caso, que se sugerissem modelos de aperfeiçoamento da actividade docente. Ou seremos sempre, todos, excelentes e, por isso, deixa andar assim que está tudo bem?!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Noutros países evoluidos vigoram sistemas de avaliação de professores que se baseiam (entre outros princípios, que começam agora a tomar forma neste nosso modelo revisto) no auxílio da supervisão para melhorar desempenhos profissionais. Será que por cá os simiescos vícios humanos (como as velhas inveja ou preguiça) inviabilizarão qualquer passo evolutivo?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">É responsabilidade de cada um fazer o seu exame de consciência, mesmo não havendo deus, qual papá, para nos controlar!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">P.S.: a juntar à inveja e preguiça há ainda a salientar a bonita (fica sempre bem) incapacidade de reconhecer o trabalho meritório dos outro, de aproveitar os seus contributos para melhorar o nosso e de querer fazer como eles!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">(Este texto foi por mim previamente colocado como <a href="http://www.profblog.org/2011/08/uma-oportunidade-perdia-cronica-de.html">comentário a este post, no profblog</a>.)</div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1256726867953476954.post-7429305983943673292011-08-29T18:42:00.002+01:002011-08-29T18:44:34.527+01:00Fotografias<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgihjbZoufvZL7YxSbQIpSVjwXLESKIkFE5xCPZKFtZu1NWhySRqf6D0aTZSaTxMurpKH1woC96Y-haZP-AK2XXy7xHvBW3HaKmTZX5KbK8-qxBtRxolhVaNOk133QQWeTmEpMtBMhFWvQ4/s1600/P8020023_gibraltar.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="295" qaa="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgihjbZoufvZL7YxSbQIpSVjwXLESKIkFE5xCPZKFtZu1NWhySRqf6D0aTZSaTxMurpKH1woC96Y-haZP-AK2XXy7xHvBW3HaKmTZX5KbK8-qxBtRxolhVaNOk133QQWeTmEpMtBMhFWvQ4/s400/P8020023_gibraltar.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">“The rock #1”<br />
(Gibraltar, Agosto 2011)<br />
© Miguel Portugal</td></tr>
</tbody></table><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLIuPMXddoYwNlRPUF0f8Y7Cav_u6cacX7rmvfLcJ1EQ0p0tDtfOApTwmXHRV07pqN5YlAkcGnR2zDnfiifd-_BOZTtID-iXFQ9f5PCbK9raKSBSR1bCoHdzzOZDbfhsn_WP9ttim9wKbz/s1600/P8020025.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" qaa="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLIuPMXddoYwNlRPUF0f8Y7Cav_u6cacX7rmvfLcJ1EQ0p0tDtfOApTwmXHRV07pqN5YlAkcGnR2zDnfiifd-_BOZTtID-iXFQ9f5PCbK9raKSBSR1bCoHdzzOZDbfhsn_WP9ttim9wKbz/s400/P8020025.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">“The rock #2”<br />
(Gibraltar, Agosto 2011)<br />
© Miguel Portugal</td></tr>
</tbody></table><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTz2cRGsh39RBSXP3Ig9CbGRBAlkcke8eHjq49p3Ytu69-H2xwWVQkZfzSEj5vwVJ6_FxLzBW8JjIa7LtHCKKFP6Zr8mNI6_gX6A2NbaT3HZCeWutc0KmMX_xImXcgvd32376sUFjKSkUc/s1600/P8020034.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" qaa="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTz2cRGsh39RBSXP3Ig9CbGRBAlkcke8eHjq49p3Ytu69-H2xwWVQkZfzSEj5vwVJ6_FxLzBW8JjIa7LtHCKKFP6Zr8mNI6_gX6A2NbaT3HZCeWutc0KmMX_xImXcgvd32376sUFjKSkUc/s400/P8020034.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">“The rock #3”<br />
(Gibraltar, Agosto 2011)<br />
© Miguel Portugal</td></tr>
</tbody></table>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1256726867953476954.post-14851278631408612572011-08-24T16:32:00.002+01:002011-08-24T16:37:14.470+01:00O que se passa com a ADD noutros países?<div style="text-align: justify;">Neste momento, os professores portugueses estão preocupados com as alterações ao modelo de ADD. Alguns talvez excessivamente preocupados, quando talvez não estejam a ter o distanciamento crítico e serenidade necessários, que lhes permita verificar, sem mediação cega de sindicatos ou opinion makers, que as alterações propostas pelo governo talvez sejam, em geral, boas ou, pelo menos, que vão no bom sentido.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A minha posição é a de que estas alterações estão no bom caminho e que agora deveríamos passar a concentrar-nos noutras reformas de fundo no sistema educativo. O modelo de avaliação que começa agora a ser delineado vai no sentido de outros modelos há muito em vigor noutros países e, como naqueles, tem o intuito fundamental de contribuir para a melhoria do profissionalismo docente e, inevitavelmente, para a diferenciação qualitativa, promovendo e premiando a excelência. Melhorará o ensino e aprendizagem e dignificará a profissão.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A comparação com outros países é sempre uma forma de não nos sentirmos solitários. E num mundo globalizado, não parece colher mais o argumento das diferenças culturais e costumeiras dos portugueses, que só nos empurra para um país comodista, atrasado e pobre. Por exemplo, nos E.U.A., a preocupação é hoje a de melhorar os sistemas de avaliação de professores, muito semelhantes ao que está a nascer entre nós, sobretudo porque, veja-se, se pretende que o sistema de remuneração dos professores se baseie no desempenho profissional e não, como até agora tem acontecido, no tempo de serviço e graduação académica!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Veja-se um excerto de uma entrevista a Grover Whitehurst, director do Brookings' Brown Center on Education Policy (um think tank baseado em Washington, D.C.). E veja-se como nós estamos noutra fase, anterior (para não dizer atrasada!), da discussão – preocupados se somos ou não avaliados e como e porquê, quando deveríamos estar a passar esta página com alguma celeridade, com os olhos postos noutros aspectos essenciais do sistema educativo que exigem ser adaptados a um mundo exigente em que vivemos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">«<a href="http://www.blogger.com/goog_1031281215">Because teacher evaluation systems are still in their infancy, is it fair for states to implement merit-pay systems? </a></div><div style="text-align: justify;"><a href="http://www.blogger.com/goog_1031281215"><br />
</a></div><div style="text-align: justify;"><a href="http://www.blogger.com/goog_1031281215">Evaluating complex human behaviors—whether it's teachers or reporters—every system you try to apply to [evaluating these behaviors] is seriously flawed. They will generate mistakes. That doesn't mean they shouldn't be used. Teachers are getting differential pay now, and they're getting it for things we know don't matter, like pure seniority and the number of graduate credits they've earned.</a></div><div style="text-align: justify;"><a href="http://www.blogger.com/goog_1031281215"><br />
</a></div><div style="text-align: justify;"><a href="http://www.blogger.com/goog_1031281215">We've seen that after the first three to five years, experience doesn't add anything. [Basing pay on teacher performance] is better than basing it on something irrelevant. Even though these will generate the wrong conclusions, almost every evaluation system will. If there's rough justice in the system, and that's all we can expect, it will have positive effects on teachers.</a></div><div style="text-align: justify;"><a href="http://www.blogger.com/goog_1031281215"><br />
</a></div><div style="text-align: justify;"><a href="http://www.usnews.com/education/blogs/high-school-notes/2011/04/28/developing-better-teacher-evaluation-systems">One of the real values of putting a meaningful teacher evaluation system in place is it helps a teacher understand where they are when teaching similar kids. Right now, if I were a teacher, I wouldn't know how I was doing, if my failures were due to a student's background or due to things I have no control over. This is not all about performance pay or management—it's also about giving teachers real information about the jobs that they're doing</a>.»</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Seria, no mínimo, polémico em Portugal, não seria?! Mas talvez mais justo e motivador em termos profissionais, não? Talvez fosse bom tentar reflectir directamente nas ideias, com algum distanciamento e de modo menos preconceituoso e menos agarrado a bengalas cómodas (hábitos, sindicatos, partidos políticos…), para evoluirmos e fazermos evoluir o sistema educativo em Portugal.</div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1256726867953476954.post-31327139238111303742011-08-23T17:24:00.001+01:002011-08-23T17:25:53.581+01:00Desejáveis aperfeiçoamentos futuros à ADD<div style="text-align: justify;">A proposta de alteração à actual ADD não só está longe de ser perfeita (dizê-lo, não tem grande significado pragmático), como (e é isto, sobretudo, o que interessa) é perfeitamente perfectível. Creio que, mais tarde (próxima legislatura?), quando este tema da avaliação docente tiver serenado, haverá condições para introduzir alterações nesta proposta no sentido de intensificar o seu carácter formativo e alargar a sua aplicação.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Assim, embora compreenda esta moratória (dar passos pequenos e seguros é uma regra de ouro em reforma educativa), seria desejável a obrigatoriedade de mais observação de aulas nos primeiros escalões, já que a observação (supervisionada) de aulas é o verdadeiro instrumento avaliativo, com mais virtualidades formativas e de maiores consequências para o aperfeiçoamento profissional e, portanto, logicamente com mais eficazes consequências para a melhoria das aprendizagens dos alunos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Na proposta actual, apenas haverá lugar a observação de aulas no ano probatório (que, depois de um estágio e de uma prova de ingresso na profissão será o culminar de um sólido início de carreira), no final do 2.º e 4.º escalões e, em qualquer altura, como requisito para obtenção de excelente. (A crítica de que esta alteração não premeia o mérito não é completamente justa, já que ninguém poderá ser considerado um excelente professor sem que isso não resulte da observação das suas aulas, núcleo central da sua actividade de excelência.) No entanto, creio que, numa lógica formativa, seria mais benéfico para a formação do professor no início de carreira, introduzir a obrigatoriedade da observação de aulas também no final do 1.º escalão, para não deixar passar tanto tempo sem observação de aulas (passar de um intervalo de 7 anos – demasiado –, para 3 anos). </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A meio da carreira reduzir-se-ia a obrigatoriedade de observação de aulas (como na proposta actual – apenas na passagem ao 5.º escalão), pressupondo uma certa maturidade profissional e menos necessidade de auxílio de uma supervisão das actividades lectivas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">No final da carreira – tendo em conta todo este percurso formativo contínuo –, talvez fosse dispensável a obrigatoriedade de observação de aulas. E a própria avaliação interna poderia até deixar de fazer sentido no último ou últimos escalões (passando a facultativa), devendo no entanto ser mais exigente do que a actual proposta do governo: isenção apenas para docentes com uma maioria de classificações de muito bom ou excelente ao longo da carreira.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Naturalmente, mantendo a exigência da observação de aulas para a obtenção de excelente, em qualquer altura. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mas tudo isto apenas faz sentido, se se laborar num paradigma de uma avaliação supervisionada (profissionalizada, feita por professores com formação científica mais elevada e com formação na área da supervisão – deixemo-nos de invejas primárias!), que anteceda os momentos de avaliação classificadora. Bem como apenas fará sentido se se acreditar na perfectibilidade orientada do docente (inclusive dos melhores!). Para tudo isto é preciso perceber que nem toda a Ciência da Educação é inútil (o tal “eduquês”, naturalmente a evitar!) e que há, por esse mundo fora, tentativas perfeitamente legítimas e muito úteis de produzir conhecimento na área da educação, quer ao nível da pedagogia em geral, quer ao nível das didácticas específicas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Tenham os professores vontade de viver em abertura intelectual e crítica para com a progressão dos conhecimentos na área da educação e na sua área científica, muitos desses conhecimentos mediados por colegas especializados na investigação de tais progressos e cuja função é partilhá-los sistematicamente, que tal muito contribuirá certamente para a melhoria das suas práticas… que é o que todos queremos!</div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1256726867953476954.post-44245534396993294222011-08-23T15:18:00.001+01:002011-08-23T15:19:18.932+01:00As críticas ao novo modelo de avaliação de professores<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">A <a href="http://www.fenprof.pt/Download/FENPROF/M_Html/Mid_161/Anexos/ADD_-_12_de_Agosto.pdf">proposta do governo de alteração da avaliação de desempenho docente</a> (ADD), enviada aos sindicatos no dia 12 de Agosto, tem sido muito criticada por muitos professores. Há críticas para todos os gostos: a avaliação externa proposta (avaliadores de outras escolas) não resolve os problemas de parcialidade; os futuros avaliadores não terão qualificações suficientes para avaliar os colegas; deixar cair a dimensão ética, não é… ético; não se deveria isentar da avaliação os professores em final de carreira; entre outras. Os sindicatos, no seu interesse de sobrevivência política institucional, ainda somam a inadmissibilidade da existência de quotas. Fica a sensação, contudo, que se trata de crítica interessada – não querer avaliação, do lado de alguns professores (embora por várias razões); fazer oposição ao governo, do lado dos sindicatos, tentando travar a estratégia de Nuno Crato na tentativa de resolução deste problema e procurando algum protagonismo e mediatismo políticos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Nos últimos dias tem crescido na blogosfera um movimento crítico das alterações propostas, mas, genericamente e com algumas excepções, com baixa qualidade argumentativa, com falta de capacidade globalizadora e sistemática (esquivando-se de uma perspectiva conjunta, refugiam-se facilmente na crítica parcelar), pobreza geral de ideias e, por vezes, deixando transparecer a perigosa ideia de que seria recusável qualquer tipo de avaliação mais exigente e eficaz.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Psicologicamente, compreende-se que muitos professores preferissem deitar completamente abaixo o actual modelo e erigir um novo. Mas a conjuntura exige que nos concentremos também noutras alterações importantes no sistema educativo – e o tempo urge – e as alterações propostas por Nuno Crato ao modelo de ADD são perfeitamente razoáveis e, além disso, vão ao encontro das principais reivindicações de muitos dos professores que defendem uma avaliação séria: menos burocrática, mais espaçada no tempo, conjugando avaliação interna com externa; formação específica para avaliadores; isenção de avaliação para professores em final de carreira.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O ministro Nuno Crato está a procurar um modelo negociado, para depois se dedicar a outras questões fundamentais do sistema educativo. É assim que deve ser e a conjuntura o exige. Negociação implica cedências de parte a parte. Mas esta negociação, nesta conjuntura económica, exige uma particularmente grande responsabilidade e um quase transcendente (para não dizer, infelizmente, quase impossível) sentido de serviço da parte de todos: governo, sindicatos e professores. Afinal, o que todos deveríamos querer era a melhoria integral do sistema educativo, com melhores condições de trabalho profissional para os professores (uma avaliação formativa e qualificada seria um bem para todos: melhorando tanto bons como maus professores – afinal é essa a utilidade da ADD!), com consequentes melhorias nas aprendizagens dos alunos e, consequentemente, maior progresso sócio-económico-cultural para a sociedade portuguesa.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Nesta fase, não basta fazer críticas esparsas e que denotam interesses menos legítimos – exige-se ou um modelo alternativo concreto ou contributos para aperfeiçoar a proposta do governo. Espera-se, pois, responsabilidade, bom senso e sabedoria.</span></div>Miguel Portugalhttp://www.blogger.com/profile/11974930721055042508noreply@blogger.com0