quarta-feira, 26 de setembro de 2007

China, Tibete e direitos humanos – os factos!

A chefe do governo alemão, Angela Merkel, resistiu às pressões do governo de Pequim e recebeu o Dalai Lama. Os direitos humanos são um princípio fundamental para o governo germânico, que declarou mesmo concordar com a exigência de autonomia cultural e religiosa (já não de independência), exigidas nos últimos anos pelo líder tibetano no exílio. Esta decisão contrasta com a do governo português, que não recebeu o lutador pacífico pela autonomia tibetana, um dos ícones maiores do mundo dos direiros humanos, do diálogo das religiões e da coexistência pacífica dos povos. O pragmatismo e o embalar com as pressões chinesas obnubilaram completamente a defesa dos direitos humanos, pilar fundamental de um estado democrático inserido na tradição político-filosófica ocidental, mesmo debaixo de críticas provenientes do próprio partido socialista!

Há que ter presente, de qualquer modo, a lista (aqui longa, mas incompleta!) de atrocidades perpetradas pelo regime chinês no território das alturas.

O Tibete viveu sob o domínio chinês de 1720 até 1912, tornando-se então um Estado soberano. Em Outubro de 1950 a China invade novamente o Tibete. Desde então, os crimes horrendos e pérfidos e as maiores atrocidades não cessaram.

O governo chinês, apesar de ter assinado um acordo com os dirigentes tibetanos logo após a invasão (no qual se comprometia a respeitar as tradições religiosas e liberdade do povo tibetano, a promover a sua língua, a preservar o seu sistema político e a desenvolver a sua identidade), tinha, no fundo, outros grandes objectivos: transformar a sociedade tibetana segundo os moldes da sociedade chinesa, bem diferentes do modo de ser tibetano, bem como apropriar-se das riquezas naturais do “tecto do mundo”.

E, claro, os habitantes das montanhas, no seu pleno direito, não aceitaram tal desígnio amarelo. Mas, contra as primeiras revoltas (1953), o exército chinês logo fuzilou 300 aldeões com uma bala na nuca diante dos habitantes da cidade de Doi na província de Amdo. Entretanto, a resistência tibetana, de entre inúmeras dificuldades (apenas a C.I.A. deu algum apoio material, mas que logo terminou quando a China reatou, no início dos anos 70, as suas relações com os E.U.A.), organiza-se para combater o invasor. Mas por todo o lado as aldeias foram sistematicamente destruídas e um sem-número de civis assassinados.

Em 1956, para reprimir os religiosos tibetanos, a China destrói o primeiro mosteiro. Num país onde cerca de 80% da população se dedicava (directa ou indirectamente) à vida monacal, é um crime antropológico quase sem precedentes o que a China praticou a este nível: destruição da maior parte dos cerca de 2000 mosteiros tibetanos, que olhavam o céu das alturas rendilhadas das montanhas; os poucos mosteiros que ficaram de pé, cerca de 70 (ou apenas 11, segundo outras fontes), constituem para os chineses meros “museus nacionais” e “monumentos de trabalho do povo” – ou seja, apenas uma simples atracção turística –, o que para os tibetanos constitui o que resta do centro da vida intelectual e cultural, símbolos do interesse nacional, ao mesmo tempo político e espiritual; os mosteiros destruídos foram previamente esvaziados dos seus objectos sagrados, obras de arte que foram depois vendidas pelo governo de Pequim em praças financeiras como Hong-Kong.

Quando, em 1959, mulheres da capital, Lhassa, se manifestaram contra a ocupação chinesa, logo foram detidas, presas e torturadas. Enquanto algumas são executadas em praça pública, outras, libertadas depois de longos meses de cárcere, encontram-se irreconhecíveis, de tal modo foram espancadas.

Também os camponeses proprietários e rendeiros foram espancados e alguns desapareceram, enquanto as suas terras foram redistribuídas pelas “classes desfavorecidas”, processo a que os invasores chamaram, cinicamente, “reformas democráticas”. O resultado destas reformas na agricultura saldou-se numa produção anual de cereais dividida em cinco partes, cabendo a mais pequena aos camponeses, que, caso não se mantenham atentos ao seu consumo diário, correm o risco de passar fome.

É claro que todo este racionamento da alimentação acabou por esgotar a resistência tibetana, que assim perdeu as forças para continuar a tentar expulsar o inimigo (pode-se datar de 1974 o fim da resistência tibetana; resta apenas um governo no exílio chefiado pelo Dalai Lama – chefe simultaneamente espiritual e de governo do Tibete –, que continua a tentar resolver pacificamente o conflito).

Além disso, antes de 1950, a cevada era a base da alimentação dos tibetanos, mas os chineses substituíram-na pelo mais valioso trigo. Ora, não suportando de modo nenhum o clima tibetano, o trigo não chega a amadurecer e a maior parte das colheitas gela no próprio caule.

Por outro lado, antes de 1950, havia sempre terras que eram deixadas em pousio, servindo assim de pastagens para os iaques, animais importantes na alimentação de inverno do povo do tecto do mundo. Mas os chineses exigiram que fossem cultivadas todas as terras. Resultado: rebanhos inteiros morreram, o trigo não brotou e as terras empobreceram.

Ou seja, a fome graça ainda hoje no Tibete – relatórios recentes indicam que esta situação de fome continua em várias regiões do Tibete e que, durante os anos 60 do século passado, mais de 350.000 tibetanos morreram de fome. Crê-se que, devido a esta situação, as jovens gerações de tibetanos correm o risco, devido a sub-alimentação crónica, de problemas de ordem genética física e mental.

Com receio de que o sentimento anti-chinês aumentasse, o exército chinês empreendeu detenções maciças e o único meio encontrado pelos tibetanos para escapar às detenções foi o suicídio por enforcamento ou afogamento nas águas gélidas das montanhas. O governo chinês promove uma série de iniciativas para reorientar o pensamento, as ideias, o espírito e a política dos tibetanos, explicando a todo o custo a “consciência de classe” e procurando introduzir violentamente (e não democraticamente) a ideologia comunista chinesa.

Dessas “lavagens ao cérebro” resultam alguns convertidos, que, apesar de se mostrarem desconfiados da política chinesa (que trouxe mais fome e opressão do que efectivo progresso económico e social), são igualmente muito críticos relativamente à sociedade tibetana de antes da invasão. Em parte, os chineses conseguiram doutrinar e inverter modos de pensar e ser.

Mas mesmo esses convertidos (que foram aliciados para ocuparem baixos cargos de chefia), ao lado de camponeses, comerciantes ou de quem quer que seja (desde que seja tibetano!), não escapam à sessão semanal de thamzing: são julgamentos populares em que a pessoa em causa se mantém, durante três ou quatro horas, de pé perante a população reunida para a ocasião; a família, os filhos e os amigos são obrigados a tomar parte; às auto-críticas a que são forçados juntam-se sem freios os insultos, as agressões e os escarros dos mais próximos; humilhados e ridicularizados, acontece muitas vezes que homens e mulheres confessem ser reaccionários e “inimigos do povo” e peçam uma morte rápida.

Da capital Lhassa – que foi descrita como uma cidade de mulheres aterradas e esfomeadas, pois os homens foram enviados para os campos de trabalho –, camiões carregados de crianças saíram regularmente para destinos desconhecidos; no final do caminho esperava-os a morte. Isto passou-se sobretudo entre a década de 50 e 70, que foi a época em que os chineses, entre outras atrocidades, enviaram crianças de nove e dez anos para caçar aves; no regresso deviam mostrar as suas presas; se, aos olhos dos ocupantes, a caça não parecesse suficiente, pais e filhos eram severamente punidos; principalmente os primeiros, por terem gerado “uma progenitura reaccionária”! Estes actos bárbaros têm apenas a finalidade de quebrar a cultura tibetana, extremamente influenciada pelo budismo, em que um dos princípios fundamentais defende precisamente o respeito por qualquer forma de vida.

Outro traço macabro da invasão chinesa prende-se com a prática médica. Observadores no local puderam confirmar que a maior parte dos médicos chineses enviados para o Tibete eram estudantes que, na China, haviam falhado nos seus estudos. São eles que cuidam da população e que (de)formam apressadamente os médicos tibetanos! Os medicamentos prescritos, na maior parte das vezes inadaptados aos doentes, provocam nos autóctones numerosos casos de invalidez (perda de vista, enfermidade motora, etc.) e falecimentos. Nos hospitais, a higiene é quase inexistente e raramente há uma enfermaria. E quando já não há lugar, os leitos ocupados pelos tibetanos são desocupados para dar lugar aos chineses doentes.

Enquanto em 1949, devido à altitude, a população tibetana apenas conhecia a varicela, desde a invasão houve uma propagação de doenças graves, inexistentes no passado. Pior ainda, a política chinesa no Tibete provocou nos tibetanos consequências genéticas, de momento incontroláveis, essencialmente devido às condições de vida, à fome que dura ainda hoje e aos inúmeros abortos forçados.

Por outro lado, a colonização exagerada e as constantes deslocações forçadas das populações desencadearam perturbações psicológicas graves e provocaram, nos habitantes das calmas montanhas, uma vaga muito importante de alcoolismo, dissimuladamente apoiada pelos chineses. O método assemelha-se curiosamente ao utilizado, no séc. XIX, pelos colonos americanos em relação às populações índias da América do Norte!

Um outro facto atroz, que justifica falar-se de genocídio praticado pela China, é o controlo dos nascimentos, um controlo demente que vai mesmo até à esterilização (prática aliás já utilizada pelo governo chinês no seu próprio país!). Algumas fontes relatam abortos forçados e esterilizações no Tibete desde 1955. Além disso, são comuns outras práticas genocidas: para “adormecer” um recém-nascido nos primeiros meses de vida, injecta-se-lhe na cabeça álcool puro; há crianças que são asfixiadas com recipientes especialmente fabricados para esse fim (neste caso, os autores recebem prémios!). Todos os dias e ainda hoje, as autoridades chinesas outorgam-se o direito de matar crianças tibetanas, cujo único crime foi o de nascerem sem autorização da administração ocupante.

Também as eticamente reprováveis experiências científicas com seres humanos foram praticadas pelos invasores amarelos. Salienta-se do testemunho de vários refugiados, que entretanto conseguiram escapar ao jugo chinês, o facto de, em 1964, médicos chineses terem percorrido o Tibete utilizando as mulheres tibetanas como cobaias. Os corpos que não resistiram às experiências teriam sido depois cortados aos pedaços e lançados às aves: “para respeitar a tradição budista”, diziam os chineses; mas, na verdade, o objectivo era para que não fossem reconhecidos!

Também o meio ambiente das altaneiras montanhas foi afectado com a invasão. Não só pelas alterações completamente insensatas que foram efectuadas no âmbito agrícola – sobre-exploração das terras, cultura do trigo em lugar da melhor adaptada cevada, introdução de adubos químicos, experiências com substâncias perigosas e fortemente tóxicas –, mas também pela prática chinesa de devastação sistemática da flora e fauna tibetanas e, principalmente (porque representa maior perigo), pelo depósito de resíduos nucleares em solo tibetano.

Foi na província de Amdo, no Tibete, que a China efectuou a maior parte das investigações, dos ensaios e das afinações de bombas nucleares. O planalto tibetano oferece à China um local geo-estratégico de importância primordial. Não nos admiremos, pois, que a China tenha aí “plantado” uma quantidade imprevisível de mísseis.

Suspeita-se igualmente, dada a concentração maciça de tropas chinesas em Amdo, da construção de uma base nuclear. Os cancros e a taxa de mortalidade crescente tendem a provar que a China também deposita aí resíduos nucleares, quer no subsolo, quer directamente nos leitos dos rios. Isto é altamente inquietante para o Tibete, mas também para os países limítrofes. É que no Tibete nascem os maiores rios do continente asiático. A contaminação desses rios trará consequências, quer para os homens, quer para os animais. A comunidade internacional, da qual todos fazemos parte — e Portugal não se pode eximir das suas responsabilidades internacionais — não pode decididamente ignorar que as populações ribeirinhas daqueles rios representam metade da humanidade!

No que toca à devastação da flora e aniquilamento da fauna tibetanas, os números são esclarecedores: em 1949, as ancestrais e sagradas florestas do Tibete cobriam uma área de 221.800 Km2; em 1985 já só cobriam 134.000 Km2. Isto porque as novas estradas construídas nas regiões isoladas (seriam mesmo indispensáveis? E para quem?) levam os chineses a empregar o desflorestamento sistemático, o que conduz, concomitantemente, ao desaparecimento de muitas espécies animais.

Ora, a rede de estradas e os canais de comunicação construídos pelos chineses coincidem curiosamente com a localização das grandes manchas florestais, onde extraem madeira para comercialização, e das zonas mineralíferas, de onde extraem 126 minerais diferentes (o Tibete detém uma grande parte das reservas mundiais de ferro, de cobre, de lítio, de cromite e de borax), que depois fazem chegar à China onde são comercializados.

Aqui encontramos uma das razões de fundo para esta cruel invasão: é que sete dos quinze minerais mais importantes estavam previstos esgotarem-se na China antes do ano 2000 e os principais minerais não ferrosos encontrar-se-ão já esgotados. Além disso, o Tibete também possui reservas de “ouro negro”, a grande fonte de energia da era industrial: os campos petrolíferos da região do Amdo produzem mais de um milhão de toneladas de petróleo bruto por ano.

Para contrastar com esta atitude simiesca brutal e de notória falta de sentido civilizacional e humano de futuro, que tem revelado a China nesta invasão, note-se que no Tibete data do século XII a promulgação de leis para proteger o ambiente e, como refere o Dalai Lama, «talvez tenhamos sido uma das primeiras nações a pôr em execução regulamentos dizendo respeito ao ambiente!»

Em suma, este conjunto de atrocidades, das quais resultaram um role de vítimas que atinge o pesado número de 1.200.000 (cerca de um sexto da população), assemelha-se apenas às crueldades cometidas pelos nazis nos campos de concentração da Polónia, durante a 2ª Guerra Mundial. Com duas diferenças: a de serem muito mais atrozes e de âmbito mais alargado e a de muitas delas continuarem, nos dias de hoje, a ser praticadas!

Para terminar esta lista de factos horrendos, ainda pequena face à realidade global da invasão chinesa, fiquemos com uma declaração dramática e emocionante do Dalai Lama, que no exílio espera (trabalhando arduamente) por um Tibete livre:

«De facto, esse número de um milhão e duzentos mil vítimas é aterrador. Infelizmente, é apenas provisório; é impossível contar todas as atrocidades cometidas contra o meu povo. O que nos fica, e nunca o devemos esquecer, é que esses tibetanos foram assassinados. Foram fuzilados, enforcados, estrangulados, afogados, queimados com água a ferver, enterrados vivos, decapitados, quando não morreram de fome, foram mutilados ou queimados vivos. Os habitantes das aldeias foram obrigados a assistir a esses assassínios. Famílias inteiras foram aniquiladas para sempre. Forçaram filhos a abaterem os próprios pais. Monges e lamas foram humilhados pela simples razão de que aos olhos dos chineses aparecem como seres improdutivos. Depois de terem sido atrelados a charruas, os chineses montavam-nos como animais, batiam-lhes e matavam-nos.

Haverá razões para todos estes crimes? – prossegue o Dalai Lama. Pela minha parte vejo nisso o efeito da política expansionista da China; a vontade programada de destruir o Tibete, de eliminar um povo, de deitar mão a um subsolo rico; e finalmente o ódio, que está na origem de todos os crimes...»

Não, não se trata de um argumento para um filme apocalíptico! É a dura realidade. No conjunto do planeta, trata-se, com efeito, do maior e mais bem conseguido programa de destruição de um povo posto em execução por um governo.

Fonte:
Gilles van Grasdorff (conversa com), Sua Santidade o Dalai Lama, trad. de J. A. Nogueira Gil (Lisboa, Editorial Notícias, 1996).

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Vida Académica

Não resisto em aqui reconduzir para um depoimento do "polémico" e conhecido blogger Pedro Arroja, que nos relata uma interessante história da sua vida académica, quando se doutorava na Faculty of Business Administration (hoje, School of Management) da Universidade de Ottawa, no Canadá.

A sincera, profunda e gratuita busca da verdade, numa experiência universitária que parece ter sido, de facto, única e irrepetível... pelo menos em Portugal?! Talvez as recentes reformas universitárias venham a contribuir para a ultrapassagem de alguns atritos e escolhos no ainda "clássico" meio académico de algumas universidades portuguesas... ou nem por isso!

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

A blogosfera em questão

A propósito de uma obra crítica da "'cultura' de rede" (Andrew Keen, The Cult of the Amateur. How today's internet is killing our culture), JPP escreveu no Público de 8 de Setembro:

«(...) A pulsão igualitária e demagógica das massas, aquilo que antigamente se chamava a "psicologia das multidões", de facto varre muito dos quadros da cultura e saber tradicional, que julgam e com razão ser elitista. O "culto do amador" é apenas um dos sinais dessa tábua rasa demagógica que está de facto a "matar a nossa cultura" tal como a conhecemos. Se tudo ficar por aqui, caminha-se para uma nova barbárie.
A crítica de Keen e de outros "apocalípticos" falha ao menosprezar o enorme adquirido que se deu nestes mesmos 150 anos, a verdadeira revolução social, que permitiu a muitos milhões de pessoas, que viviam dominadas apenas pelo seu trabalho brutal e pela cultura "folclórica" tradicional, aceder a consumos que nunca tiveram e passar a ter voz em áreas que sempre lhes estiveram vedadas, seja como audiências de televisão, seja em estudos de mercado, seja em sondagens, seja comprando e votando. O efeito dessa voz cria uma enorme perturbação, degrada tudo, simplifica, confunde, mas, ao alterar sem retorno os equilíbrios elitistas do passado, gerou novas condições de democraticidade, competitividade e criatividade que também se verificam na rede.»

Mais um desafio para o sistema educativo, que sempre o foi, no fundo, desde, pelo menos, a modernidade: orientar a criança e o jovem no mundo cultural, na sua multifacetada polimorfia, dotando-o de um espírito suficientemente crítico e informado para lhe possibilitar a liberdade individual de analisar, definir, distinguir, sintetizar, problematizar, argumentar... o estar e ser no mundo!
É já lugar comum, embora ainda não destituído de sentido, afirmar a gigantesca tarefa que assoma ao professor (e agora, ainda por cima, considerado também "educador", para alargar as suas responsabilidades de actuação!). Mas não é demais pensar nisso, uma vez que o antídoto para o facto do pauperismo cultural decorrente da massificação apressada, superficial e acrítica da sociedade da "informação"(!) e da "comunicação", se encontra apenas e só na formação real basilar que crianças e jovens possam obter, apenas e só, na escola!

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

segunda-feira, 3 de setembro de 2007