segunda-feira, 20 de junho de 2011

No melhor pano cai a nódoa!

A ex-Ministra da Educação foi acusada pelo DIAP de Lisboa do crime de prevaricação, por ter contratado ilicitamente João Pedroso – investigador universitário e irmão do ex-dirigente do PS, Paulo Pedroso – para consultor jurídico do Ministério da educação, entre 2005 e 2007:

«A acusação salienta que os contratos foram feitos com violação das regras do regime da contratação pública para aquisição de bens e serviços. «Tais adjudicações, de acordo com os indícios, não tinham fundamento, traduzindo-se num meio ilícito de beneficiar patrimonialmente o arguido João Pedroso com prejuízo para o erário público, do que os arguidos estavam cientes» -- afirma, em comunicado, a Procuradoria-geral-distrital de Lisboa.»

Que chatice! Afinal, pessoa tão qualificada e de estatura moral elevada também foi enredada na teia dos favores que o estado socialista foi prestando aos seus apoiantes, que se serviram do país para enriquecer, já que pouco ou nenhum serviço de qualidade acabaram por proporcionar em troca. A comprovar-se, é vergonhoso!

No melhor pano também cai a nódia, principalmente quando não parece haver uma preocução especial por se não macular!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Novo governo

Já é conhecida a constituição do XIX Governo Constitucional. A minha primeira reacção vai para uma surpresa, que me deixa francamente muito expectante e até com um certo entusiasmo -- Nuno Crato é o novo Ministro da Educação!

Nuno Crato tem um pensamento claro acerca da educação, no sentido de valorizar o esforço e o rigor de todos para uma aprendizagem real, verdadeira de todos e tem sido um crítico activo, nos últimos anos, das políticas educativas socialistas, que têm deprimido a educação e o ensino em Portugal, com o facilitismo desumanizante que introduziram.

Além de alguém com pensamento fundamentado sobre educação e ensino, é alguém com experiência, justamente, de ensino (embora, apenas a nível do ensino superior), não só em Portugal como nos E.U.A., o que lhe poderá servir de mais valia para o seu trabalho de reorganizar o ensino em Portugal.

Depois, a sua distância face aos partidos, a sua independência partidária, pode promover um distanciamento saudável e necessário face a grupos de pressão, tornando mais eficaz as reformas que são imprescindíveis.

Esperamos que tenha o savoir-faire estritamente político para explicar as medidas e persuadir os principais agentes -- professores e pais -- da sua necessidade e justeza.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Fotografias

“Serpentear”
(Altos de Chavon, Rio Chavon, República Dominicana, Abril 2011)
© Miguel Portugal
“Sombra com catamaran #1”
(Isla Saona, República Dominicana, Abril 2011)
© Miguel Portugal
“Sombra com catamaran #2”
(Isla Saona, República Dominicana, Abril 2011)
© Miguel Portugal

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Inginheiro-pseudogestor persuasivo, precisa-se!

Engenheiro deformação (peço desculpa, esqueci-me do espaço!), exímio gestor de dinheiros públicos (também só vai "representar" dinheiros privados!), não há dúvidas de que José Sócrates poderia ser um excelente representante de grandes empresas brasileiras em ascensão no mundo junto de Portugal e da EU!

Claro que o interesse reside nos conhecimentos diplomáticos que Sócrates acumulou nos últimos 6 anos e também no pressuposto de que os negócios serão melhores se estiverem perto da política, o que é uma perversidade que ainda move os grandes interesses económicos e faz babar (e enriquecer) os políticos.

Afinal, Sócrates vai mesmo tratar da sua vida. Não há motivo para preocupações.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

A noite eleitoral

O PSD teve uma clara vitória, apesar de ter ficado aquém da maioria absoluta. Afinal, Passos Coelho sempre conseguiu fazer o (primeiro) favor ao país de, para já, ter destronado José Sócrates do poder. Parece ter galvanizado as pessoas e parece ter um espírito combativo, as qualidades para travar o combate de vencer as adversidades em que estamos mergulhados e espera-se agora que detenha também a tão necessária mestria de escolher os melhores, para formar o próximo governo.

O PS, honrosamente ou não, perdeu. Fica a demissão de Sócrates de Secretário-Geral do partido, num discurso desadequadamente longo -- narcísico --, soberbo de emoções quanto baste e, proclamado como que por um guru religioso, apoteótico (imagine-se se tivesse ganho!), a alimentar o transe hipnótico dos acólitos até ao último estertor. (Estes, embriagados pelo discurso do líder espiritual, até apuparam os jornalistas quando estes exerciam o seu livre múnus de perguntar -- a hipnose não os deixou recordarem-se de um dos tão caros valores socialistas: a liberdade de expressão e de imprensa!) Fica também o insólito: um dos candidatos a suceder a Sócrates, ainda teve tempo para descer do elevador do Altis e "anunciar", sobre o cadáver fumegante do Secretário-Geral demissionário do seu partido, a sua própria candidatura!

O PP de Portas, apesar da excessiva vaidade que o vem caracterizando, conseguiu, não ser eleito Primeiro-Ministro, mas um bastante bom resultado, a proporcionar uma confortável maioria com o PSD. De bicos de pés, lá foi espreitando com força para dentro do próximo governo. Mas a relação de forças não é significativamente diferente da última coligação. Há que ir com calma e responsabilidade.

A esquerda foi a grande derrotada da noite. Afinal, os "partidos da troika" foram alvo das preferências de 80% dos eleitores, o que prova que apenas uma franja cada vez mais pequena do eleitorado embarca ainda no julgamento sumário e niilista do liberalismo com  preocupações sociais, que parece alicerçar, apesar de mais uma crise, o seu trilho no caminho da história. Apesar da CDU ter tido um resultado bom (mais um deputado), Louça terá que lançar um debate de ruptura numa força política a perder a força e em perigo de implusão.