Nuno Crato começa a tomar medidas de racionalização do sistema educativo. A extinção das DRE's é uma delas. Tratava-se de organismos intermédios que exerciam controlo sobre as escolas e lhes prestavam apoio. A ideia é, por um lado, aumentar a autonomia das escolas e, por outro, garantir-lhes o apoio necessário através de estruturas mais simplificadas. Ganha-se na redução da despesa e na simplificação administrativa. Finalmente.
Outra ideia na forja é a da descentralização da contratação de professores. Trata-se de um processo altamente centralizado e, por isso, moroso e dispendioso. A ideia é a de serem as próprias escolas a contratar todos os professores, retirando esse peso ao Ministério. Caberá à administração da escola desenhar os termos dos concursos e seleccionar os professores com o curriculum e o perfil adequados para os lugares. Este processo existe há muito noutros países. Contudo, a consciência ética e a própria vivência de autonomia nem sempre serão idênticos entre nós. É preciso que quem esteja à frente das escolas tenha a capacidade ética para contratar os melhores e não apenas os mais subservientes, os do partido ou os "amigos das patuscadas"!
A propósito da sempre difícil autonomia, cabe dizer que é fora da gaiola que o pássaro reaprenderá a voar, é certo. Mas suspeito que se dará muitas cabeçadas. De qualquer modo, não só não se pode continuar, em toda a sua plenitude, com um despesista sistema centralizado, como é o Ministério da Educação, como também é hora das populações começarem a suportar, democraticamente, uma efectiva autonomia das escolas, enquanto instituições importantíssimas para a sua existência. Como? Prestando bem atenção sobre quem serão os profissionais, por si eleitos, mais bem preparados para dirigir as escolas e assim organizar instituições que tornem os seus filhos em adultos verdadeiramente bem educados e instruídos!
Sem comentários:
Enviar um comentário