Eis a primeira condenação de detidos da prisão de Guantânamo (também aqui), no caso, do cidadão do Yémen Salim Ahmed Hamdan, motorista de Bin Laden, cujos advogados recorrerão da decisão. O caso de Hamdan ficará conhecido, não pela sua relevância dentro da organização terrorista Al-Qaeda, mas como o que despoletou os acórdãos do Supremo Tribunal dos E.U.A., que vieram a considerar ilegais as comissões de julgamento militar instituídas em Guantânamo e, assim, a conceder plenos direitos aos detidos suspeitos de participação em actos terroristas, designadamente de recurso hierárquico e, em última análise, aos tribunais civis. É um início simbólico de um dos casos de justiça que talvez possa vigorar nos anais da história como um dos mais complexos e polémicos, por envolver o conflito dos direitos indivíduais frente à (em clara colisão com a) segurança do Estado americano e do mundo (reflicta-se nisto, com Pojman).
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