sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A moral do burgo

Pacheco Pereira chama hoje a atenção, no fundo, para um dos pilares essenciais do juízo ético (para não dizer de qualquer juízo) -- a consistência. Afinal, as infelizes "palhaçadas" e a agressividade verbal que se vive no nosso parlamento não são estratégia dos ditos "irresponsáveis partidos da oposição"; são uma estratégia política inaugurada pelo PM José Sócrates no seu governo maioritário e que agora não consegue ou não quer alterar e que, portanto, prossegue, tendo mesmo sido alargada à bancada parlamentar do PS.
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A tácita falta de autoridade ética do deputado que presidiu à comissão parlamentar do "palhaço", que deveria ter suspendido de imediato tal sessão, ou do próprio Presidente da Assembleia da República, que vai permitindo a utilização de linguagem imprópria para detentores de lugares em órgãos de soberania, revelam o gradual empobrecimento e degradação da nossa democracia parlamentar. Mas isto não são "bocas regimentais legítimas"(!); é mesmo falta de polidez, vulgo falta de educação. E toca a todos, mesmo aos ditos "partidos responsáveis".

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