Nem todas as emendas feitas à ADD pelo Ministério de Nuno Crato foram acertadas. O caso dos contratados não poderem aceder ao "excelente" é, obviamente, um desses casos, medida que apenas tem uma explicação economicista, compreensível, mas muito dificilmente aceitável. As quotas são, legitimamehte, um tema altamente discutível, pela injustiça que criam.
Mas, tirando mais um ou outro pormenor perfectível, penso que que as emendas vão no bom sentido. Por entre tantas críticas, muitas delas altamente ferozes, só ainda não consegui compreender que outro tipo de avaliação de professores poderíamos ter! Por exemplo, o que seria uma avaliação de desempenho docente sem a utilização do conceito de supervisão? Esta é uma das críticas predilectas de muitos, que talvez não dominem efectivamente o conceito (Terão frequentado o curso errado? Na instituição errada? Não terão consultado, criticamente, sequer um livrozito ou mesmo um sitezito que os esclareça? Qual a efectiva relação dos actuais professores com o conhecimento? Será tudo eduquês, por muito que muitos nem sequer saibam o significado do neologismo?)
Seria muito mais elevado e consonante com a actividade profissional de professor e concomitante responsabilidade intelectual, que se sugerissem formas de gerir a escola que temos hoje, as aprendizagens que temos e as que queremos e temos necessidade de ter e, portanto, neste caso, que se sugerissem modelos de aperfeiçoamento da actividade docente. Ou seremos sempre, todos, excelentes e, por isso, deixa andar assim que está tudo bem?!
Noutros países evoluidos vigoram sistemas de avaliação de professores que se baseiam (entre outros princípios, que começam agora a tomar forma neste nosso modelo revisto) no auxílio da supervisão para melhorar desempenhos profissionais. Será que por cá os simiescos vícios humanos (como as velhas inveja ou preguiça) inviabilizarão qualquer passo evolutivo?
É responsabilidade de cada um fazer o seu exame de consciência, mesmo não havendo deus, qual papá, para nos controlar!
P.S.: a juntar à inveja e preguiça há ainda a salientar a bonita (fica sempre bem) incapacidade de reconhecer o trabalho meritório dos outro, de aproveitar os seus contributos para melhorar o nosso e de querer fazer como eles!
(Este texto foi por mim previamente colocado como comentário a este post, no profblog.)