Um recente estudo revela que os jovens ingleses não gostam da ideia dos seus dados pessoais, que disponibilizam na rede, virem a ser acedidos por universidades ou futuras empresas empregadoras.
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O estudo revela dados empíricos que verificam aquilo que, quem tem umas luzes de Psicologia humana e conhece e contacta diariamente com jovens, já suponha, ainda que de forma intuitiva ou com base em poucos dados. De facto, muitos jovens adolescentes, em busca da sua identidade e numa grande abertura ao outro que lhes é própria, revelam, despudoradamente e, muitas vezes, sem qualquer cuidado, os seus dados pessoais, a sua vida privada, quando não mesmo íntima, expondo-se assim em demasia à voracidade de alguns outros e a situações embaraçosas, diante das quais estão muitas vezes sozinhos para as enfrentar e resolver.
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Numa era de proliferação do liberalismo como forma de organizar os estados, mas também a sociedade civil e a vida individual, há ainda muito a fazer na educação para a liberdade e a individualidade, designadamente num mundo em rede. (Mais uma tarefa para a escola!) Ser verdadeiramente livre implica salvaguardar o nosso último reduto de invasões estranhas, para que possamos estar mais preparados -- fortalecidos e seguros em nós mesmos -- para o verdadeiro e são contacto partilhado com o outro.
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