quarta-feira, 30 de junho de 2010



Dar a pensar…


«Lembra-te de que o tempo é dinheiro. Quem pode ganhar com o seu trabalho dez xelins por dia e vai passear metade do dia, ou fica a preguiçar no quarto, não pode, mesmo se despender apenas seis dinheiros, com os seus prazeres, contar apenas esta despesa, pois acabou, na realidade, por gastar, ou melhor, por deitar fora mais cinco xelins.
(…)
Lembra-te que o crédito é dinheiro. Se alguém me deixar ficar com o seu dinheiro depois da data em que eu teria de lho pagar, está a oferecer-me os juros ou tudo o que ele me tiver rendido durante todo esse tempo. Isso ascenderá a um montante significativo quando alguém tem um bom crédito e faz um bom uso dele.
(…)
Lembra-te que o dinheiro tem uma natureza reprodutora e fecunda. O dinheiro pode reproduzir dinheiro, que, por sua vez, produzirá mais dinheiro, e assim sucessivamente. Cinco xelins a render transformam-se em seis, e depois em sete e três dinheiros, e assim por diante, até se transformarem em cem libras esterlinas. Quanto mais dinheiro houver mais ele rende, de tal modo que o lucro aumenta cada vez mais rapidamente. Quem mata uma porca aniquila a sua descendência até à milésima geração. Quem destrói uma moeda de cinco xelins, assassina (!) tudo o que poderia ter sido produzido com ela: pilhas e pilhas de libras esterlinas.»

Benjamin Franklin, “Advice to a young tradesman” (1748), in: Works, org. Sparks (Chicago, 1882) 80-85.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

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Leituras…

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… de Pedro González Calero, A Filosofia com Humor. Um percurso pela história do pensamento nos ditos dos grandes filósofos, trad. port. de Pedro Vidal (Lisboa: Planeta Manuscrito, 2009), uma fresca resenha de pequenas histórias humorísticas dos e sobre os filósofos ao longo da história, em que o autor nos mostra como a filosofia não é necessariamente entediante e pode até ser o humor dos filósofos uma oportunidade de pensar os temas mais sérios.
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O livro, desafiador das convenções académicas em torno da seriedade da filosofia, conduz-nos desde a Antiguidade clássica, em que, por exemplo, se conta «que Antístenes, no final dos seus dias, doente e com dores, lamentava-se em voz alta da sua situação ao seu discípulo Diógenes. – Ai, quem me livrará destes males – bramava o velho Antístenes. Ao que diógenes, apresentando um punhal, replicou: – Este livrar-te-á, mestre. – Dos males, estúpido, não da vida – retorquiu Antístenes» (p. 39), até às enigmáticas deduções lógicas de Bertrnad Russell, de que ele e o Papa são a mesma pessoa (!) (p. 148-150), passando pela altamente sarcástica crítica que Schopenhauer faz da “suposta” profundidade do pensamento hegeliano:

«Sobre a suposta sabedoria de Hegel disse Schopenhauer que não passava de uma palhaçada filosófica, um palrar repugnante, um obscuro encadeamento de insensatezes e disparates que muitas vezes recordam os delírios dos alienados. No seu Parega e Paralipomena, escreveu: “Se se quiser embrutecer desde cedo um jovem e torná-lo incapaz de qualquer ideia, não há meio mais eficaz do que o assíduo estudo das obras originais de Hegel; porque essa monstruosa acumulação de palavras que se chocam e contradizem de modo a que o espírito se atormenta inutilmente tentando pensar alguma coisa enquanto as lê, até ficar cansado e murchar, aniquila nele paulatinamente a faculdade de pensar de modo tão radical que, a partir daí, passam a ter valor de pensamentos as flores retóricas insípidas e vazias de sentido (…). Se alguma vez um preceptor temer que o pupilo se torne demasiado sagaz para os seus planos, poderá evitar essa desgraça com o estudo assíduo da filosofia de Hegel.”» (p. 125)
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Uma nota final para as óptimas ilustrações dos principais filósofos, que preenchem o livro e de que é exemplo a de Nietszche, usada na capa, da autoria de Anthony Garner.

Em tempo de crises várias, há leituras esclarecedoras, mas também benfazejamente espirituosas, como esta, que nos ajudam a sobreviver.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

José Saramago (1922-2010)

A morte de um génio, neste caso da literatura, é sempre a morte de alguém especial. Um escritor é, enquanto artista, criador, alguém que personifica a rara grandeza do ser humano. Um escritor é, por isso, especial -- um membro destacado da espécie.
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Saramago foi, de facto, especial (veja-se notícia no i). Ombreando com os grandes escritores da história da literatura lusa e até mundial, Saramago foi também um homem contundentemente crítico, ideologicamente incómodo, politicamente provocador, socialmente transgressor, que não podia mesmo deixar ninguém indiferente e que, sobretudo, não se deixou indiferente face ao mundo e na sua existência nele.
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É claro que, como qualquer expoente da cultura humana, não foi, muito naturalmente, sempre ou totalmente devidamente compreendido e bem recebido pelos outros, sobretudo pelos seus concidadãos, de um país, porque querido, tantas vezes criticado. Muitos desabaram, aliás demasiado simples e mundanamente, diante das suas provocações e pensamentos e não souberam reconhecer-lhe, desinteressadamente, o valor artístico.
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Mas como tentativa de prescrutar a condição humana, a escrita saramaguiana tocou e continuará a tocar com certeza todos aqueles que, independentemente de posições ideológicas e gostos estéticos diversos, souberam sentir a originalidade da sua forma literária, a profundidade das suas ideias-tentativa, a beleza inquietante e nua das suas viagens pelo imaginário português e pelas mais profundas dúvidas humanas.
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Saramago -- homem íntegro, descomprometido com as coisas banais, comprometido com (as suas) causas -- foi, como outros, único. Que se lho reconheça.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

A autoridade educativa em questão

No passado dia 6 de Maio, em Paris, decorreu uma conferência na Fundação para a Parentalidade e a Prevenção, organizada pela Missão para a Luta contra a Droga e a Toxicodependência (MILDT), em que o filósofo Dominique Youf discutiu o problema da autoridade parental. Youf, Director de Pesquisa da Escola Nacional de Tutela Jurisdicional dos Jovens, começou por apresentou uma história da autoridade parental. Antes, a família era hierarquizada, com base na natureza ou nos mandamentos divinos. Para ilustrar esse modelo, Dominique Youf referiu-se à distinção entre sociedade nacional e sociedade política, que Aristóteles faz na sua Política (I, 7): «A administração de uma casa é uma monarquia (a família ainda está sob a autoridade), enquanto o poder político em si é um governo de homens livres e iguais.» Este poder paternal dominou por muito tempo o pensamento ocidental em termos de autoridade paternal , da lei romana ao Código de Napoleão, por exemplo.

«Esta autoridade desapareceu, diz Youf, porque era incompatível com o princípio da igualdade.» Hoje é mais difícil ser pai, porque não existe mais esta autoridade transcendente das antigas sociedades hierarquizadas. Na esteira das revoluções democráticas na Europa, este poder parental começa a ser questionado: durante a segunda metade do séc. XX, este modelo sofreu uma «ruptura antropológica».
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No entanto, Youf defendeu, baseado no conceito de educação em Hannah Arendt, que «a autoridade parental é legítima, porque a criança entra num mundo que lhe é anterior e do qual não conhece as regras». Naturalmente que a figura do guia substitui a do comandante. «O mais surpreendente, conclui Youf, é que ele funciona.»

A questão da autoridade é tão central quão difícil hoje, na filosofia da educação. A prática educativa disso se tem ressentido. Se, por um lado, não se pode mais fundar a autoridade educativa em qualquer transcendência, secular ou divina, também parece ser verdade que o modelo rousseauniano, que tem desconstruído a autoridade, não tem conseguido fundar uma ideia que se quer renovada de autoridade, tem desnorteado a acção educativa e não parece constituir resposta aos problemas da educação nas sociedades contemporâneas. Afinal, a ideia de Arendt, de que se deve distinguir essencialmente o âmbito da igualdade política na sociedade dos adultos livres e responsáveis, do âmbito da educação das crianças aprendizes de seres livres e iguais, mostra como a relação pedagógica, strictu sensu, necessita de uma relação minimamente hierarquizada de autoridade. Esta relação deve ser, naturalmente, discutida, racionalizada, mas apenas crescentemente partilhada.
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A autonomia e a liberdade constroem-se na criança sob a orientação do adulto; não nascem com a criança, que o adulto dominaria -- equívoco talvez maior da educação contemporânea.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Ilusionismo em tempo de crise

Para os alunos com mais de 15 anos, que se encontrem no 8.º ano de escolaridade, foi dada a possibilidade, pelo ME, de se autoproporem, com consentimento dos encarregados de educação, aos exames nacionais do 9.º ano de Português e Matemática e a provas de equivalência à frequência efectuadas pelas escolas às restantes disciplinas do curriculum do 9.º ano. Se passarem nos exames, passam directamente para o 10.º ano de escolaridade. (Veja-se notícia no jornal i).

Ninguém percebe a oportunidade da medida, o que já não é nada, sequer, de muito estranho, dada a situação de desmembramento subtil e depauperamento disfarçado de igualdade de oportunidades do sistema educativo em Portugal, quando se trabalha unicamente a pensar nas estatísticas.
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Os argumentos contra esta medida são claros:

1. Primeiro, não se vê a oportunidade da medida, já que os alunos que frequentam ainda o 8.º ano aos 15 anos de idade apresentam certamente mais dificuldades de aprendizagem e, por isso, será difícil, à partida, superarem essas provas com êxito (Pedro Araújo, presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares).

2. Depois, os alunos que através desta nova modalidade conseguirem queimar a última etapa do 3.º ciclo e chegar ao 10.º ano correm ainda o risco de não estarem, naturalmente, tão bem preparados como os restantes alunos que passaram por todos os níveis da escolaridade obrigatória (João Grancho, dirigente da Associação Nacional dos Professores).

3. Mas, o mais importante, é que se trata de uma medida claramente injusta: aos alunos que completarem o 8.º ano com sucesso exige-se que transitem para o 9.o ano e aos alunos que não obtiveram aproveitamento curricular ao longo do ano lectivo abre-se a possibilidade de, após fazerem as provas nacionais e de equivalência à frequência, saltarem uma etapa e passarem à frente dos outros colegas. Segundo Armandina Soares (membro do Conselho Nacional de Educação), «isso significa que os que trabalharam pior são mais beneficiados do que os que se esforçaram na avaliação continua»; naturalmente que, à partida – prossegue a directora do agrupamento de Vialonga – é muito improvável que um aluno do 8.o ano sem aproveitamento durante as aulas consiga realizar com sucesso as provas que exigem o domínio dos programas curriculares do 9.o ano de escolaridade: «mas só o facto de se permitir aos que estão em piores condições passarem à frente de outros que trabalharam ao longo do ano é algo que não consigo perceber». Ninguém de bom senso e com um sentido claro de justiça e oportunidade política consegue perceber!

Será uma medida… à medida? Não se vislumbra outra justificação. A não ser... isto é o governo socialista de José Sócrates a resolver os verdadeiros problemas da educação em Portugal!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Incompatibilidades

«A única razão para limitar a liberdade de alguém é a prevenção do dano que possa causar a outrem»
(John Stuart Mill)

Um dos pilares fundamentais das sociedades democráticas liberais é a liberdade do indivíduo. O estado existe para, através das suas leis e instituições (polícias, tribunais, hospitais, escolas…), promover a segurança, o bem-estar e permitir o desenvolvimento humano do indivíduo. O indivíduo é livre quando lhe é permitido agir de forma autónoma, quando pode fazer aquilo que deseja, aquilo que escolheu fazer, mesmo que os outros não concordem com tal escolha. Mas essa liberdade deve ser igual para todos. Por isso, a organização política do estado moderno democrático e liberal é, em geral, orientada pelo princípio do dano: a liberdade do indivíduo só deve ser limitada se e quando causar dano a outros indivíduos.

A cidade de Mirandela estremeceu com um caso polémico, que animou o país. Uma professora do 1.º ano do Ensino Básico, responsável por uma actividade extra-curricular, posou para a revista erótica “Playboy”. A revista esgotou. Ao que parece não tanto pela qualidade excepcional das fotografias, por muito bons exemplares que sejam da arte, mas porque pais e alunos identificaram imediatamente a professora, que exibia a sua beleza íntima e os seus dotes sedutores. Os pais não gostaram e direcção da escola também não. A Câmara Municipal suspendeu a actividade da professora e colocou-a noutro serviço.

A questão que se levanta é a seguinte: Será correcto dispensar uma professora pelo exercício de uma actividade realizada no âmbito da sua esfera privada? Terá a sua livre escolha causado dano a outros? Creio que sim.

A mulher que posou para a revista “Playboy” não era, por exemplo, uma funcionária administrativa de uma empresa de consultoria económica e financeira, nem uma empresária do ramo da publicidade, não era actriz ou modelo fotográfico… Exercia a função de professora numa escola pública. Tinha uma actividade pública, que interfere directamente com outras pessoas, neste caso com pessoas especiais – crianças.

Sejamos claros: o erotismo presente nas fotografias em causa está, mesmo que indirectamente, muito facilmente ligado à sexualidade humana. A sexualidade humana é algo de bom, com valor; mas, por isso, devemos cuidar bem dela. Quer dizer que devemos ter todos os cuidados que empregamos para as coisas que mais valorizamos. Porém, tanto quanto sabemos, através dos conhecimentos da Psicologia humana, a sexualidade é um comportamento complexo, que não se esgota no funcionamento do aparelho reprodutor e funcionamento glandular, mas envolve sentimentos e emoções fortes, profundas e de grande significado para o ser humano e, além disso, implica um desenvolvimento cerebral e uma maturidade próprios de um ser humano mais adulto. Tanto quanto sabemos, as crianças não detêm um desenvolvimento psicológico e emocional suficientemente adaptado a este tipo de comportamento tão intenso e psicológica e socialmente complexo. É por isso que a sensualidade, o erotismo e a sexualidade têm sido (quando o são!) inteligentemente vedados às crianças até uma certa idade.

Naturalmente que se pode falar com uma criança em idade escolar sobre certos aspectos da sexualidade humana. Têm, no entanto, que ser aspectos muito elementares e feito de modo muito específico e contextualizado, o que não inclui certamente qualquer tipo de exibicionismo. A professora em questão e aqueles que julguem que a sua acção não deve ser reprovada terão que mostrar que seria fácil e inofensivo para o seu desenvolvimento psicológico explicar àquelas crianças o significado da sua professora ter sedutoramente posado nua em fotografias vistas talvez por milhares de pessoas.

Além disso, sabemos, também recorrendo à Psicologia, que as crianças na idade escolar aprendem por observação e imitação de modelos. Os modelos começam por ser, sensivelmente até à adolescência, pais e professores. Estes agentes de socialização devem, pois, ter os devidos cuidados nas suas atitudes e comportamentos, pois serão imitados. Um professor é um técnico do ensino e da aprendizagem, o que significa que, mais do que os próprios pais, deve ter um conjunto de conhecimentos científicos e técnicos que o torne capaz de exercer a sua actividade de educador e professor de modo a influenciar o mais positivamente possível os seus alunos e a minimizar o mais possível qualquer previsível interferência negativa no seu desenvolvimento, que deve, portanto, ser o mais harmonioso, equilibrado e incontroverso que nos é dado saber ser possível.

Um professor deve, pois, ter conhecimentos seguros de psicologia adequados ao nível etário dos alunos que ensina. Como deve saber também que a sua vida privada pode facilmente interferir, graças à natureza da sua profissão, na sua vida pública.

Portanto, não é em defesa dogmática de um conjunto de valores, hábitos ou costumes supostamente absolutos ou intocáveis, que este comportamento não deve ser admissível. Não há nisto qualquer conservadorismo; há apenas incompatibilidades. Trata-se, pois, de defender uma sociedade de pessoas livres e iguais, organizada num estado verdadeiramente democrático e liberal: é para manter a maior liberdade possível para todos, que a liberdade de cada um tem, irremediavelmente, que ter limitações.

Este caso mostra, infelizmente, algumas lacunas preocupantes. Primeiro, mostra como a formação ética e política para a cidadania de pessoas que foram à escola, que têm pleno acesso à informação, que pretendem habitar uma sociedade moderna e viver em liberdade, não é suficiente para compreender as complexas exigências da verdadeira liberdade e igualdade, do pluralismo e da vida razoável com outros. Depois, mostra como alguma formação inicial de professores talvez não esteja isenta de lacunas graves ao nível dos conhecimentos científicos hoje disponíveis. Os licenciados (agora mestres!) em ensino devem saber, entre outras coisas, como se comporta uma criança, como se desenvolve, quais as suas características psicológicas gerais... Um bom professor é, antes de mais, alguém que sabe. Infelizmente, alguns professores, embora não todos, mostram, por algumas práticas, não saber. Depois, este tipo de casos fazem pensar na necessidade de uma associação profissional reguladora: uma Ordem dos Professores, organismo investido de conhecimentos da prática docente, capaz de delinear um código deontológico (deveres que, à partida, sabemos que um professor deve ter em conta no exercício das suas funções) e capaz de ajudar a decidir nestes casos mais polémicos.
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Publicado in Jornal Terra Quente, 1 de Junho 2010.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Apraxia -- à espera do messias

A existência é pesada, por vezes (tantas), dura. Os tentáculos das circunstâncias e o assalto do determinismo social, económico, político e cultural justificam a inacção, a preguiça, a resignação. Apraxia é o termo utilizado em filosofia (além de Psicologia e Neurologia) para compreender uma característica da acção humana (ou então "acédia", como sugere Pacheco Pereira neste texto inconformista do Público) -- aquele estado em que se não é capaz de agir, em que o dissenso encantatório da acção nos inactiva. O país, os portugueses em geral, vivem num estado de letargia onírica, por enquanto de sorriso mole nos lábios, pouco cépticos ainda que mais ou menos críticos, embora em geral com pouca profundidade.
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Não é do clima. Não é da latinidade. É da inércia do hábito, do alimento político irresistível do populismo e da demagogia; da garantia da solidariedade tornada injusto comodismo; do vazio da facilidade e da gloriosa, pseudo-libertadora, fuga ao esforço. Não se trata já sequer de utopia. É mesmo pura e oportunista falsidade manipulatória. De qualquer modo, vamos habituando-nos a não procurar pensar mais profundamente, nem tão-pouco a procurar agir mais consequente e eficazmente. É mais fácil esperar o messias, que por nós pensará e agora também por nós agirá!