segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

O enigma da ética na política

Agir em prole do interesse público e -- para chegar a poder exercer alguma influência e, portanto, poder político -- fazê-lo ainda e só com o interesse público em mente, parece ser não só difícil, mas, sobretudo, uma ideia profundamente enigmática! Talvez não valha mesmo muito a pena mostrar o significado antropológico da perspectiva ética e muito menos -- qual monstro incómodo! -- quando aplicada à acção política! Para quê sermos "bons", se podemos perfeitamente -- impunemente, aos nossos olhos e aos dos nossos concidadãos -- ser apenas "políticos"?!
.
Leia-se, por obséquio, aqui e aqui, alguns dos (muitos?!) bons textos críticos sobre a utopia dos homens melhores, que pensam ser possível levar a sério a coisa séria de os políticos nos representarem no poder a nós, cidadãos, e não aos seus mais particulares e desinteressantes interesses.
.
A antropologicamente benfazeja cidadania bem formada e informada vai sendo só para alguns -- daí os políticos que temos. Que custa, custa! Mas será impossível?!

Sem comentários: