A palavra “trabalho” tem uma etimologia desastrosa: provém do latim tripalium, que significa “instrumento de tortura”. Ao lado das dores de parto e da política, o trabalho é, muitas vezes, vistos como um fardo para o ser humano – uma tortura!
O fardo é atenuado com a ideia de que se trata de um meio para atingir um fim maior – ganhar dinheiro. Primeiro, este dinheiro visa a subsistência. Depois, em última análise, o fim mais desejado – ganhar dinheiro, muito dinheiro, para se ser rico!
Porém, visto por estas perspectivas, o trabalho não é encarado com toda a sua essencial profundidade. E quando assim não é, também não é, tantas vezes, efectuado, levado a cabo, executado com toda a dedicação e empenho necessários. O ser humano é um ser de acção e o trabalho deveria ser encarado como acção humana. E com um fito maior, do que nos submetermos à tortura só para ganhar possibilidades de subsistência e, de preferência, de abastança – o trabalho é, antes de mais, uma forma de cooperação. A cooperação é o fundamento da vida social, já que a inter-relação proporciona uma sociedade organizada em torno de tarefas distribuídas de modo a cada cidadão poder usufruir de tudo aquilo que resulta da acção técnica, científica, artística, intelectual dos outros.
O fardo é atenuado com a ideia de que se trata de um meio para atingir um fim maior – ganhar dinheiro. Primeiro, este dinheiro visa a subsistência. Depois, em última análise, o fim mais desejado – ganhar dinheiro, muito dinheiro, para se ser rico!
Porém, visto por estas perspectivas, o trabalho não é encarado com toda a sua essencial profundidade. E quando assim não é, também não é, tantas vezes, efectuado, levado a cabo, executado com toda a dedicação e empenho necessários. O ser humano é um ser de acção e o trabalho deveria ser encarado como acção humana. E com um fito maior, do que nos submetermos à tortura só para ganhar possibilidades de subsistência e, de preferência, de abastança – o trabalho é, antes de mais, uma forma de cooperação. A cooperação é o fundamento da vida social, já que a inter-relação proporciona uma sociedade organizada em torno de tarefas distribuídas de modo a cada cidadão poder usufruir de tudo aquilo que resulta da acção técnica, científica, artística, intelectual dos outros.
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E o trabalho visto como cooperação proporciona ainda outra coisa importantíssima para o ser humano – o trabalho pode ser uma forma de acção que realiza o ser humano enquanto ser humano e enquanto indivíduo. Como escreveu o filósofo espanhol Ortega y Gasset «felicidade es la vida dedicada a ocupaciones para las cuales cada hombre tiene singular vocación.» O trabalho pode e deve ser encarado, também, como fonte de prazer.
Num tempo de crise económica, o trabalho apresenta-se como fulcral. Os problemas sociais do desemprego avolumam-se. Mas os problemas das baixas taxas de produtividade e competitividade estão inegavelmente ligados à atitude do ser humano diante do trabalho. Deixar de encarar o trabalho como um fardo, que visa apenas a subsistência e mesmo a “sobressistência”, pode ser um primeiro passo no sentido de, empenhando-nos mais nas funções que cada um de nós exerce no sistema de acção cooperativo social, elevarmos o trabalho a acto de consumação de nós mesmo como seres humanos e como pessoas. Isso torna o dia do trabalho ainda mais importante do que o dia do trabalhador. Este tem uma carga ideológica; aquele teria um sentido mais aprofundado e que transcende qualquer manipulação política mais superficial, exibindo a verdadeira importância da acção humana informada técnica, científica, artística e intelectualmente, que é o trabalho.
E o trabalho visto como cooperação proporciona ainda outra coisa importantíssima para o ser humano – o trabalho pode ser uma forma de acção que realiza o ser humano enquanto ser humano e enquanto indivíduo. Como escreveu o filósofo espanhol Ortega y Gasset «felicidade es la vida dedicada a ocupaciones para las cuales cada hombre tiene singular vocación.» O trabalho pode e deve ser encarado, também, como fonte de prazer.
Num tempo de crise económica, o trabalho apresenta-se como fulcral. Os problemas sociais do desemprego avolumam-se. Mas os problemas das baixas taxas de produtividade e competitividade estão inegavelmente ligados à atitude do ser humano diante do trabalho. Deixar de encarar o trabalho como um fardo, que visa apenas a subsistência e mesmo a “sobressistência”, pode ser um primeiro passo no sentido de, empenhando-nos mais nas funções que cada um de nós exerce no sistema de acção cooperativo social, elevarmos o trabalho a acto de consumação de nós mesmo como seres humanos e como pessoas. Isso torna o dia do trabalho ainda mais importante do que o dia do trabalhador. Este tem uma carga ideológica; aquele teria um sentido mais aprofundado e que transcende qualquer manipulação política mais superficial, exibindo a verdadeira importância da acção humana informada técnica, científica, artística e intelectualmente, que é o trabalho.
1 comentário:
Muito Bom post.
Realmente, este flagelo agrava em muito a situação do pessoal...
Na esperança de poder ajudar,
deixo alguma informação adicional sobre trabalho temporário... não é solução, mas pode contribuir para um começo diferente... As pessoas não podem é desanimar! Força aí! www.trabalhoparajovens.blogspot.com
Trabalho e Empregos Temporários para os Jovens Encontra tudo sobre o trabalho temporário para jovens. Descobre onde, como e em que contexto esta poderá ser uma solução!
Força!
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