Iniciaram-se hoje os exames nacionais e a nível de escola do 9.º ano e para conclusão do ensino secundário e acesso ao ensino superior. Este instrumento de avaliação de conhecimentos e competências dos alunos, bem como do próprio sistema educativo, tem sido frequentemente posto em causa.
É fácil argumentar que um momento apenas, pode arruinar todo um percurso de um aluno. Mas é fácil também esquecer o que verdadeiramente está em jogo – uma, de entre outras, prestação de provas. Mas não é isso que pretende ser uma avaliação – verificar se o aluno aprendeu? E não é isso que irão encontrar os jovens, quer acedam ou não ao ensino superior, na vida fora da escola, na sociedade do conhecimento – em tantas ocasiões, não necessitarão de apreender/relembrar e, portanto, saber um conjunto de informações e aplicá-las competentemente numa situação dada?
De qualquer modo, os exames continuam a ser um instrumento importantíssimo e extremamente útil para aferir conhecimentos e competências (hoje, mais do que nunca!) e – o que é tantas vezes esquecido – funcionam como um elemento integrante das próprias aprendizagens e podem, senão devem, funcionar como incremento das mesmas. E os jovens, desde que devidamente orientados, auxiliados e habituados a tal prática compreenderão muito bem a sua inevitabilidade, mas também o seu valor como batalha a vencer.
Afinal, numa sociedade em que os jovens aprendem até inclusivamente com muitos adultos a fugir desesperadamente do esforço, do empenho e da qualidade da acção profissional, examinar é naturalmente algo muito mal vindo. Só uma sociedade cultural, sócio-económica e, portanto, humanamente desenvolvida enfrenta o esforço, o empenho, a dedicação e a exigência como tomando parte de uma das tarefas mais importantes para o desenvolvimento humano integral de cada indivíduo, que é o ensino e a aprendizagem. E os exames são aí algo de necessário, embora também algo enfrentado de modo positivo e auxiliado por um conjunto de atitudes e comportamentos psicologicamente bem orientados… para o sucesso!
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