Os resultados obtidos pelos alunos das escolas portuguesas nos exames nacionais do 9.º ano e do ensino secundário, conjugadas com as classificações obtidas na frequência do último ano lectivo, proporcionaram mais um escalonamento das escolas em rankings nacionais (veja-se os da SIC, aqui).
Nesses rankings de escolas pode verificar-se duas coisas fundamentais para a avaliação do desempenho das escolas, mas também das políticas educativas orientadoras:
1. uma descida bastante significativa das escolas públicas nos rankings (a melhor pública – a Secundária D. Maria, em Coimbra – caiu de 5.º para 14.º lugar);
2. um aumento anormalmente exponencial das classificações nos exames de Matemática do 9.º e do 12.º anos.
Ora, o primeiro facto mostra claramente um falhanço confrangedor das políticas educativas pseudo-reformistas empreendidas por este governo, que pretensamente seriam a salvação da escola pública no que toca aos maus resultados dos alunos, situação que tais políticas, supostamente, iriam inverter. Se as políticas educativas deste ME fossem boas, as escolas públicas teriam, pelo menos, mantido os seus lugares relativos nos rankings, mas nunca teriam descido de forma abissal! Acontece que tais políticas não só não inverteram a situação como vieram agudizá-la, já que a instabilidade geral duradoura introduzida nas escolas pelo novo Estatuto da Carreira Docente e, em especial, por esta Avaliação de Desempenho grosseiramente injusta, altamente burocrática e irracionalmente absorvente do verdadeiro trabalho de professor enquanto professor, bem como o incrível conjunto de medidas facilitadoras da obtenção de diplomas, mas não de conhecimentos e competências, está a ter como consequência o desencadear (agora, cada vez mais agudizar) de um processo de decréscimo do nível de exigência das efectivas aprendizagens dos alunos e da sua consequente avaliação. E os resultados nas escolas públicas não são ainda piores, graças ao esforço de muitos professores resistentes que procuram prosseguir – apesar de tudo(!) – um trabalho criterioso, rigoroso, motivador e com sentido ético, com o fito de melhorar realmente os resultados das efectivas aprendizagens dos seus alunos, lutando, porém, contra um ciclópico facilitismo que deles teima apoderar-se!
O segundo facto deve-se – e tal não é muito difícil de compreender – ao facto dos exames de Matemática terem sido injustificadamente tão mais fáceis, ao ponto dos alunos em geral terem conseguido classificações anormalmente mais elevadas. Os alunos das escolas privadas conseguiram mesmo resultados bastante elevados. Isto explica-se porque esses alunos conseguem estar mais bem preparados para os exames e isso – entre outras razões – por nas escolas privadas ser mais fácil, digamos, “fugir” a algumas das mais nocivas políticas (des)orientadoras do ME!
Os que mais sofrerão com este decréscimo do nível de exigência na aprendizagem de conhecimentos e competências são, pois, os alunos que frequentam as escolas públicas e, destes, sobretudo, …precisamente os mais desfavorecidos. É caso para se dizer que a “educação socialista” deixou de ser… socialista! (Terá passado a ser um instrumento de domínio pelo prolongamento e gestão da ignorância?)
Assim, somos impelidos a concluir que, no "ranking das políticas educativas", as propostas deste ME estão, manifestamente, a afundar-se cada vez mais na tabela!
Nesses rankings de escolas pode verificar-se duas coisas fundamentais para a avaliação do desempenho das escolas, mas também das políticas educativas orientadoras:
1. uma descida bastante significativa das escolas públicas nos rankings (a melhor pública – a Secundária D. Maria, em Coimbra – caiu de 5.º para 14.º lugar);
2. um aumento anormalmente exponencial das classificações nos exames de Matemática do 9.º e do 12.º anos.
Ora, o primeiro facto mostra claramente um falhanço confrangedor das políticas educativas pseudo-reformistas empreendidas por este governo, que pretensamente seriam a salvação da escola pública no que toca aos maus resultados dos alunos, situação que tais políticas, supostamente, iriam inverter. Se as políticas educativas deste ME fossem boas, as escolas públicas teriam, pelo menos, mantido os seus lugares relativos nos rankings, mas nunca teriam descido de forma abissal! Acontece que tais políticas não só não inverteram a situação como vieram agudizá-la, já que a instabilidade geral duradoura introduzida nas escolas pelo novo Estatuto da Carreira Docente e, em especial, por esta Avaliação de Desempenho grosseiramente injusta, altamente burocrática e irracionalmente absorvente do verdadeiro trabalho de professor enquanto professor, bem como o incrível conjunto de medidas facilitadoras da obtenção de diplomas, mas não de conhecimentos e competências, está a ter como consequência o desencadear (agora, cada vez mais agudizar) de um processo de decréscimo do nível de exigência das efectivas aprendizagens dos alunos e da sua consequente avaliação. E os resultados nas escolas públicas não são ainda piores, graças ao esforço de muitos professores resistentes que procuram prosseguir – apesar de tudo(!) – um trabalho criterioso, rigoroso, motivador e com sentido ético, com o fito de melhorar realmente os resultados das efectivas aprendizagens dos seus alunos, lutando, porém, contra um ciclópico facilitismo que deles teima apoderar-se!
O segundo facto deve-se – e tal não é muito difícil de compreender – ao facto dos exames de Matemática terem sido injustificadamente tão mais fáceis, ao ponto dos alunos em geral terem conseguido classificações anormalmente mais elevadas. Os alunos das escolas privadas conseguiram mesmo resultados bastante elevados. Isto explica-se porque esses alunos conseguem estar mais bem preparados para os exames e isso – entre outras razões – por nas escolas privadas ser mais fácil, digamos, “fugir” a algumas das mais nocivas políticas (des)orientadoras do ME!
Os que mais sofrerão com este decréscimo do nível de exigência na aprendizagem de conhecimentos e competências são, pois, os alunos que frequentam as escolas públicas e, destes, sobretudo, …precisamente os mais desfavorecidos. É caso para se dizer que a “educação socialista” deixou de ser… socialista! (Terá passado a ser um instrumento de domínio pelo prolongamento e gestão da ignorância?)
Assim, somos impelidos a concluir que, no "ranking das políticas educativas", as propostas deste ME estão, manifestamente, a afundar-se cada vez mais na tabela!