O relatório da Comissão de Inquérito ao último acidente na linha do Tua conclui, finalmente, que «defeitos grosseiros» na via e automotoras desadequadas estiveram, com certeza, na origem do acidente. E isto com base num número tão significativo de causas, que é, ao mesmo tempo, desesperante e vergonhoso que tal possa estar a acontecer neste país europeu, que o nosso actual timoneiro quer que siga o exemplo dos países nórdicos! Senão, veja-se:
- «A via no local do acidente apresenta defeitos grosseiros e facilmente identificáveis e suficientes para justificar a ocorrência do descarrilamento»
- Uma curva com medidas desadequadas, defeitos de alinhamento, de empeno, travessas que «necessitam de substituição imediata» (há 18 anos que não são substituídas e algumas têm já 40 anos, já que, segundo o documento, «a sua idade varia entre 1968 e 1990»).
- Falhas nas automotoras («desadequadas características do material circulante») – problemas nas rodas, falta de lubrificação e pouco amortecimento.
- «A via no local do acidente apresenta defeitos grosseiros e facilmente identificáveis e suficientes para justificar a ocorrência do descarrilamento»
- Uma curva com medidas desadequadas, defeitos de alinhamento, de empeno, travessas que «necessitam de substituição imediata» (há 18 anos que não são substituídas e algumas têm já 40 anos, já que, segundo o documento, «a sua idade varia entre 1968 e 1990»).
- Falhas nas automotoras («desadequadas características do material circulante») – problemas nas rodas, falta de lubrificação e pouco amortecimento.
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Mais tranquilos ficamos com a conclusão de que não foi apurado qualquer «indício de actos de intervenção dolosa ou negligente produzidos por intervenção humana», segundo concluiu a Policia Judiciária que participou nas investigações, o que já não é nada mau!
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O ministro Mário Lino deu um prazo de 15 dias ao IMTT para apresentar um cronograma e deu 30 dias à Refer e CP para realizarem averiguações internas para apuramento das causas que conduziram às anomalias identificadas, o que, como assim veremos, é apenas para inglês ver!
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É, no entanto, curioso notar como em outros países mais evoluídos cívica e politicamente, perante uma situação tão clara de incumprimento das obrigações do Estado perante a salvaguarda da segurança dos cidadãos, se teriam apurado as respectivas responsabilidades políticas desta bárbara incúria e se teria procedido à respectiva demissão do responsável da tutela, que seria proposta pelo próprio, claro. O mais parecido que temos com tal, foi no trágico caso da ponte de Entre-os-Rios…, mas aí houve mais vítimas mortais! Em Portugal é tudo uma questão de vítimas mortais – “4” é ainda um número abaixo da responsabilização política!!
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