Na Figueira da Foz, uma professora de História foi agredida a murro pela mãe de uma aluna. O contexto em que ocorreu, torna a agressão cinéfila, mas também quase pateticamente surreal: professora e mãe encontraram-se por causa do desempenho escolar da aluna; afinal, não há como fazer tudo para resolver os problemas de aprendizagem dos alunos. Mas e os das mães e dos pais? E a consciência de escola, de saber, de aprendizagem, de humanidade, civilidade e construção do humano que há, em potência, dentro de cada um de nós, homo sapiens, que terão as outras pessoas que, formando também a sociedade onde se insere a escola, desempenham um papel primordialmente importante?
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Cá para mim, a professora de História teve a infeliz intenção de instruir a jovem no conhecimento do passado, para que melhor pudesse compreender o presente e projectar-se, enquanto ser humano aberto ao sentido e à consciência histórica, num futuro mais esclarecido... E, pois, claro, isso não se faz! A jovem não quiz! "A minha filha está farta das suas histórias!", poderia muito bem ter dito esta hipotética mãe que imagino. Não, não disse isso. O que sabemos é que, apenas, lhe terá dado um murro.
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Penso que, a propósito deste novo empenho fervoroso de pais e encarregados de educação portugueses na melhoria das qualificações escolares (e educativas!) dos seus filhos e educandos, a ideia que mais sentido dá a tudo isto é mesmo a expressa pela frase que o ex-ministro da educação, eng. Marçal Grilo, proferiu a semana passada:
.Gosto desta frase!
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