O Nobel da Economia de 2008, Paul Krugman é um autêntico oráculo para os socialistas aflitos: advoga, com a sua sapiência, aparentemente incontestável, que as políticas de austeridade que estão a ser seguidas um pouco por todo o lado, são um erro, pois fazem estagnar a economia -- deveríamos era aumentar a despesa pública e preocupar-nos com o défice depois.
Isto é que é bom de ouvir: adiar ainda mais o esforço e continuar a viver na ilusão do pântano. Não se compreende é como se pode continuar a aumentar ainda mais a despesa pública em Portugal. Krugman não diz.
2 comentários:
Esse artigo no iOnline é a coluna do Paul Krugman no New York Times. Naturalmente, o artigo foi escrito para os Estados Unidos da América. No que toca a Grécia/Irlanda/Portugal e ao que escreveste:
«But couldn’t America still end up like Greece? Yes, of course. If investors decide that we’re a banana republic whose politicians can’t or won’t come to grips with long-term problems, they will indeed stop buying our debt.»
É óbvio, caro JR, que é necessário restituir a confiança aos mercados através do aumento da responsabilidade política. Mas a minha questão é outra: será que isso não passará, neste momento, em Portugal, por arrumar as contas públicas e, assim, reconstruir a economia de um modo mais sólido e, portanto, mais fiável?
Nos EUA discute-se hoje se os economistas que, já antes da crise, defenderam uma remodelação do capitalismo não terão razão. Talvez tenham. Mas, no caso de Portugal, as evidências empíricas mostram que mais proteccionismo e intervencionismo do estado, mais estado e menos liberdade económica, só faz aumentar o oportunismo dos interesses individuais em detrimento do interesse nacional.
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