O governo decretou o aumento (em muitos casos, em cerca de 500%!) dos limites das adjudicações directas do estado (ministérios, autarquias, institutos públicos), com o argumento de que se trata de uma actualização natural, já que a última actualização já era, nas sapientes palavras do secretário de estado das finanças, do século passado (1999)! Bem vistas as coisas, era mesmo do milénio passado, o que a torna ainda mais obsoleta!
Aumentar, por exemplo, o limite concedido às autarquias de 150.000€ para 900.000€ pode parecer uma medida natural para o mais incauto (parecerá mesmo?). Mas, na realidade, é (como a suspensão da avaliação dos professores?) descaradamente eleitoralista, já que permitiria “convencer” mais eleitores a votar, num país cujas pequenas cidades e vilas do interior vivem numa escancarada promiscuidade simiesca entre política democrática e criação de emprego (ajuda social).
O PSD e os outros partidos da oposição votarão a revogação desse decreto-lei, que entraria em vigor na próxima sexta-feira. Ainda bem que há uma coligação “negativa” na Assembleia da República, que se prepara para chumbar esta iniciativa legislativa brutalmente injusta, de tão irresponsavelmente despesista que é e, portanto, atentatória do interesse nacional.
Como uma coisa que se chama teoricamente “negativa” pode ser tão positiva na prática, para um país atolado numa crise profunda! Por muito que muitos não gostem -- quando não lhes dá geito --, isto também é democracia.
O PSD e os outros partidos da oposição votarão a revogação desse decreto-lei, que entraria em vigor na próxima sexta-feira. Ainda bem que há uma coligação “negativa” na Assembleia da República, que se prepara para chumbar esta iniciativa legislativa brutalmente injusta, de tão irresponsavelmente despesista que é e, portanto, atentatória do interesse nacional.
Como uma coisa que se chama teoricamente “negativa” pode ser tão positiva na prática, para um país atolado numa crise profunda! Por muito que muitos não gostem -- quando não lhes dá geito --, isto também é democracia.
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