O que é o Ocidente?, de Philippe Nemo – investigador e professor de Ciências Sociais e Políticas na ESCP-AEP (Paris) –, publicado em português pelas Edições 70, é um ensaio brilhante e uma síntese excelente sobre a identidade civilizacional e cultural do Ocidente, que é a nossa, com uma curiosa mas lúcida e racional proposta de União Ocidental: uma estrutura política confederativa, que espelhasse institucionalmente a união dos países da civilização ocidental em torno de uma cultura democrática liberal.
Uma proposta de arranjo político, no mínimo, a não ignorar, assente numa caracterização decerto muito pouco controversa da cultura ocidental – o milagre grego da cidade e da ciência, o direito privado e o humanismo romanos, a ética e escatologia bíblicas e o liberalismo intelectual e político modernos – e que dela deduz uma corajosa organização política que garanta o futuro da nossa civilização, mas também do mundo.
Mostrando as fragilidades dos consensos políticos, que empobrecem a diversidade de cada matriz cultural, o autor advoga um efectivo diálogo entre civilizações, que assente na argumentação racional convincente, sem apagar a riqueza do pluralismo intelectual, devendo, para tal, cada civilização se esforçar por um conhecimento de si que fortaleça o diálogo em busca da melhor verdade.
(Inclui uma bem justificada solução crítica para problemas actuais, como o impasse constitucional da União Europeia e as relações políticas entre U.E. e E.U.A.!)
Mesmo sem se identificar com a postura liberal da proposta ensaiada pelo autor, é leitura obrigatória para quem quer ampliar a cidadania e consciência de si (via matriz cultural) ou deseje instrumentos críticos de análise e conhecimentos sólidos sobre o húmus civilizacional do sol poente.
Uma proposta de arranjo político, no mínimo, a não ignorar, assente numa caracterização decerto muito pouco controversa da cultura ocidental – o milagre grego da cidade e da ciência, o direito privado e o humanismo romanos, a ética e escatologia bíblicas e o liberalismo intelectual e político modernos – e que dela deduz uma corajosa organização política que garanta o futuro da nossa civilização, mas também do mundo.
Mostrando as fragilidades dos consensos políticos, que empobrecem a diversidade de cada matriz cultural, o autor advoga um efectivo diálogo entre civilizações, que assente na argumentação racional convincente, sem apagar a riqueza do pluralismo intelectual, devendo, para tal, cada civilização se esforçar por um conhecimento de si que fortaleça o diálogo em busca da melhor verdade.
(Inclui uma bem justificada solução crítica para problemas actuais, como o impasse constitucional da União Europeia e as relações políticas entre U.E. e E.U.A.!)
Mesmo sem se identificar com a postura liberal da proposta ensaiada pelo autor, é leitura obrigatória para quem quer ampliar a cidadania e consciência de si (via matriz cultural) ou deseje instrumentos críticos de análise e conhecimentos sólidos sobre o húmus civilizacional do sol poente.
1 comentário:
caro Miquel Tenho um trabalho e estou pedindo ajuda para publicalo, ele se encontra no site: :http://www.revistafatorbrasil.com.br/ver_noticia.php?not=29475
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