quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Aborto sem aconselhamento obrigatório – que irracional pavor das obrigações!

O líder parlamentar do P.S. declarou: a nova lei do aborto é uma lei equilibrada, porque tem em conta o valor fundamental em questão – a decisão livre (?), consciente (?!) e responsável (?) da mulher!

Será, isso sim, tantas vezes, uma decisão aprisionada das circunstâncias sociais, económicas e educacionais/culturais de tantas mulheres, que não estarão cientes, não saberão, não terão acesso a todas as informações sobre a interrupção da gravidez e que, portanto, verão a sua responsabilidade mitigada por tais grilhões, que as continuarão a subjugar nas suas vidas miseráveis e infelizes! Isto, claro, são... divagações!! Só para divagar mais um bocadinho... – os problemas sociais, económicos e educacionais/culturais destas mulheres, claro está, não interessa verdadeiramente resolver! Desde que elas sejam (pseudo-)livres!

Caso não reinasse a obstinação e intolerância ideológica, o aconselhamento obrigatório seria um precioso auxílio solidário a tantas mulheres social, económica e culturalmente condicionadas, que – só ignorando evidências da Psicologia humana é que não concordaremos com tal – muito facilmente fugirão desse apoio facultativo. A obrigatoriedade do aconselhamento sairia em defesa... da MULHER e da sua efectivamente livre, consciente e responsável decisão (que continuaria a ser sua)!

Estas fugas para a frente só demonstram a impotência política e o atraso civilizacional de (um certo) Portugal!

(P.S. – os alemães são mesmo atrasados!)

1 comentário:

Anónimo disse...

Oi Miguel, daqui Margarida (Coimbra), envia-me um e-mail, ok? Não tenho acesso ao teu.
Bji