George W. Bush recebeu o Dalai Lama, neste caso, numa benvinda e talvez, quiçá, frutuosa demonstração de poder político internacional. Seria bom que fosse também uma demonstração de genuíno interesse político pela defesa dos direitos humanos e um sinal claro de pressão sobre a acção do governo de Pequim sobre esta matéria. Isto mesmo depois da China ter feito uma muito forte pressão política sobre a administração Bush, ameaçando o corte nas relações de reaproximação entre os dois estados e acusando mesmo os E.U.A. de ingerência nos assuntos internos chineses. Tal como referiu, na sua elegante e fina ironia, o Nobel da Paz de 1989, que muito tem lutado, agora já não pela independência do Tibete, mas por uma autonomia no seio da China -- é o costume!
Este é um velho problema, que se avoluma ao lado das poucas inflexões no regime do "Dragão Vermelho" em prole dos direitos humanos e políticos dos homens que vivem sob a sua alçada. O seu actual timoneiro deu a saber ao mundo, no último Congresso do Partido Comunista Chinês, que a democracia... só lá mais para daqui a duas décadas!
De qualquer modo, pois, mais um chefe de estado a receber o Dalai Lama, que tão-só luta, em pleno séc. XXI, por uma mais que legítima libertação de um povo oprimido por um Estado totalitário cruelmente invasor!
1 comentário:
Gostava de saber o que terá dito o Homem da Paz, a um dos homens que mais mata por ano...
Enviar um comentário