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Quando a falta de confiança dos portugueses para com os políticos e o consequente afastamento da política continua a aumentar é necessário não escamotear responsabilidades: são, sem dúvida, este tipo de actuações eticamente deploráveis e vergonhosas, protagonizadas pelos mais importantes titulares de cargos públicos (do poder central ao local), as principais e maiores causas para essa quebra de confiança, destruidora do mais elementar vínculo de sentido entre governados e governantes. E são deploráveis e vergonhosos estes comportamentos pelo simples facto de um PM de um país que atravessa uma importante fase de derradeira implementação de rigor ético na atitude perante o trabalho, a lei, as responsabilidades, os outros, não ter sido capaz de evitar tão grosseira violação da lei.
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Ao invés, pois, de uma atitude nobre de serviço, muitos políticos (cada vez mais?!) escancaram no rosto dos seus representados, eleitores soberanos (pelo menos de 4 em 4 anos!), uma atitude de prepotência e completa falta de caracter indispensável para exercer cargos públicos. A acção política séria é uma coisa séria e, portanto, não se compadece com estes "deslizes"!
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Agora, José Sócrates, para emendar a mão, pede desculpa, e, para manter a pose, lá terá que deixar de fumar! Mas este pedido de desculpa (com um tocante apelo à santa ignorância!) e este golpe de mestre retor não colhem mais. Já poucos são aqueles que têm condições para aceitar estes cínicos pedidos de desculpa e estes encenados pseudo-sacrifícios pessoais!
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