O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) fez, recentemente, um périplo por escolas do país, no intuito de realizar acções de sensibilização da população estudantil a propósito do flagelo do tráfico de seres humanos.
À partida, uma iniciativa naturalmente notável. No entanto, numa sessão a que pude assistir com alunos, encontrei dois indivíduos a procurar cumprir uma missão para a qual não se mostraram nada preparados, nem empenhados: um, sentado, com o cotovelo cravado numa mesa a segurar a cabeça, com ar de profundo enfado; o outro, a decifrar a custo uma apresentação em PowerPoint, naturalmente não concebida por ele, a partir da qual lá foi, a espaços, balbuciando algumas explicações do fenómeno e acções preventivas a empreender.
A cereja sobre o bolo veio com a distribuição de um pequeno livrinho em banda desenhada (numa tradução portuguesa), cuja contracapa vinha ornamentada com uma surpreendente errata auto-colada:
“Na página 01, onde se lê Concelho deve ler-se Conselho.”
A sra. Inspectora Superior do CIF/SEF, Luísa Maia Gonçalves, que surge como coordenadora do projecto, deveria ter tido outro cuidado, para além de permitir uma simples apostagem de uma errata, diante de erro ortográfico completamente inadmissível, numa era em que os correctores electrónicos até já substituem a gramática da língua de quem não a possui!
Numa altura em que já se vai percebendo, de modo mais alargado (embora não tão generalizado quanto seria de desejar!), que o empenhamento, a dedicação, a competência e a exigência de qualidade no desempenho profissional são condições necessárias para o adequado desenvolvimento do país, seria de esperar que tais prerrogativas também (ou sobretudo) atingissem organismos do Estado.
É claro que aquelas pessoas não detinham as qualificações e competências adequadas para fazer aquele trabalho de exigência pedagógica. Mas não podemos continuar a cumprir calendário/horário apenas para um povo supostamente ignorante ver. Quando o assunto for sério (como era o caso) e se pretender fazer um trabalho de divulgação, que envolve preparação científico-técnica e qualidades comunicacionais, numa escola, talvez fosse boa ideia ir começando a pensar que, mesmo nas escolas portuguesas, lá se vai encontrar massa crítica, competência comunicacional e cultura de cidadania suficientes para exigir uma outra preparação por parte de quem protagonizar semelhantes acções. Não será melhor avaliar também o desempenho de outros agentes públicos?!
À partida, uma iniciativa naturalmente notável. No entanto, numa sessão a que pude assistir com alunos, encontrei dois indivíduos a procurar cumprir uma missão para a qual não se mostraram nada preparados, nem empenhados: um, sentado, com o cotovelo cravado numa mesa a segurar a cabeça, com ar de profundo enfado; o outro, a decifrar a custo uma apresentação em PowerPoint, naturalmente não concebida por ele, a partir da qual lá foi, a espaços, balbuciando algumas explicações do fenómeno e acções preventivas a empreender.
A cereja sobre o bolo veio com a distribuição de um pequeno livrinho em banda desenhada (numa tradução portuguesa), cuja contracapa vinha ornamentada com uma surpreendente errata auto-colada:
“Na página 01, onde se lê Concelho deve ler-se Conselho.”
A sra. Inspectora Superior do CIF/SEF, Luísa Maia Gonçalves, que surge como coordenadora do projecto, deveria ter tido outro cuidado, para além de permitir uma simples apostagem de uma errata, diante de erro ortográfico completamente inadmissível, numa era em que os correctores electrónicos até já substituem a gramática da língua de quem não a possui!
Numa altura em que já se vai percebendo, de modo mais alargado (embora não tão generalizado quanto seria de desejar!), que o empenhamento, a dedicação, a competência e a exigência de qualidade no desempenho profissional são condições necessárias para o adequado desenvolvimento do país, seria de esperar que tais prerrogativas também (ou sobretudo) atingissem organismos do Estado.
É claro que aquelas pessoas não detinham as qualificações e competências adequadas para fazer aquele trabalho de exigência pedagógica. Mas não podemos continuar a cumprir calendário/horário apenas para um povo supostamente ignorante ver. Quando o assunto for sério (como era o caso) e se pretender fazer um trabalho de divulgação, que envolve preparação científico-técnica e qualidades comunicacionais, numa escola, talvez fosse boa ideia ir começando a pensar que, mesmo nas escolas portuguesas, lá se vai encontrar massa crítica, competência comunicacional e cultura de cidadania suficientes para exigir uma outra preparação por parte de quem protagonizar semelhantes acções. Não será melhor avaliar também o desempenho de outros agentes públicos?!
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