No passado dia 28 de Novembro (sexta-feira, dia de reunião com os sindicatos) o ME enviou, presumo que para todos os professores, dois emails (sim, dois, no mesmo dia). Agradeço a informação surpreendentemente profícua. No entanto, depois de 3 anos de sistemática e constante denegrição da imagem pública de toda uma classe profissional, estranha-se agora o coloquial tom "esclarecedor" e o frutuoso método "explicativo"! É, pois, difícil entendê-lo de modo diverso, senão como propaganda pressionadora da autonomia do pensamento, que deve caracterizar o cidadão da exigente sociedade globalizada, como são as nossas sociedades contemporâneas, quando deveria exibir-se um claro e franco compromisso para assegurar, desde já, um verdadeiro (não virtual) futuro de estabilidade e, com certeza, de modernidade para as escolas públicas portuguesas..
«Exmo.(a) Senhor(a) Professor(a)
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Prestam-se as seguintes informações relativamente ao processo de avaliação de desempenho dos docentes:
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Um modelo de avaliação de desempenho que não prejudica nenhum professor
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Com a classificação de Bom, para a qual não existem quotas, estão garantidas condições para uma normal progressão na carreira.As classificações de Excelente e Muito Bom aceleram o ritmo da progressão.Neste ciclo avaliativo eventuais efeitos negativos decorrentes das classificações de Insuficiente ou Regular estão suspensos e sujeitos a confirmação posterior.
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Assim, este modelo protege os professores, dando-lhes condições mais vantajosas que à generalidade dos funcionários públicos, que não adquirem automaticamente condições de progressão com classificações isentas de quotas. Neste período transitório existe uma vantagem adicional para os professores, que decorre da não aplicação de efeitos das classificações negativas.
O que é, afinal, a avaliação de desempenho docente?
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Este modelo de avaliação respeita a especificidade da função docente e o nível de qualificação que o seu exercício exige, ao contrário do que sucede com a larga maioria dos trabalhadores da administração pública - incluindo o pessoal não docente, que há dois anos é avaliado em todas as escolas.
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