No sítio oficial da Assembleia da República, na secção destinada ao jogo “Parlamento dos Jovens” – iniciativa importantíssima de educação para a cidadania em parceria com o ME –, encontra-se um “Guia para o Professor”, orientador da actividade a implementar nas escolas. A abrir o “Guia” há uma ligação para uma apresentação esquemática (em Power Point), na qual, a páginas tantas (3.ª fase, sessão nacional"), se pode ler que os eleitos «provêem de votação nas escolas».
A autora – coordenadora nacional do projecto – deveria ter escrito “provêm”, terceira pessoa do plural do presente do indicativo do verbo provir, e não grafar erradamente a terceira pessoa do plural do presente do indicativo do verbo prover (“provêem”), cujo significado é, naturalmente, completamente diferente. Indistinção muito comum, desafortunadamente, entre os mais competentes usuários da língua, sobremaneira profícua quando se trata dos verbos vir e ver, com a mesma terminação diabólica (“vêm” e “vêem”, respectivamente).
Acontece! – dir-se-ia na parcimoniosa e por vezes simplória forma de estar portuguesa. Não pode acontecer quando o nível é/deve ser elevado, a origem é um órgão de soberania de um país civilizado a actuar em coordenação com um Ministério da Educação, quando um dos objectivos da iniciativa é «estimular a capacidade de expressão e argumentação» dos jovens e quando os destinatários do documento são professores, dos quais se exige (entre outras) o exercício correcto da competência linguística entre os seus pares e, sobremaneira, diante dos seus alunos (agora, os candidatos a professores até têm, e bem, de se submeter a prova de avaliação de competências linguísticas para aceder à profissão!). Aconteceu, porque faltou o cuidado devido na execução do documento de trabalho em análise, o que revela alguma, naturalmente tácita, falta de respeito institucional pelos destinatários, que, no mínimo, perturba a comunicação, mas que certamente desincentiva o tão necessário rigor.
Talvez fosse desejável, senão exigível, prover de maior competência as actividades directivas das instituições do Estado e aumentar a qualidade dos documentos que delas provêm. Os bons exemplos seriam bem-vindos... de cima!
A autora – coordenadora nacional do projecto – deveria ter escrito “provêm”, terceira pessoa do plural do presente do indicativo do verbo provir, e não grafar erradamente a terceira pessoa do plural do presente do indicativo do verbo prover (“provêem”), cujo significado é, naturalmente, completamente diferente. Indistinção muito comum, desafortunadamente, entre os mais competentes usuários da língua, sobremaneira profícua quando se trata dos verbos vir e ver, com a mesma terminação diabólica (“vêm” e “vêem”, respectivamente).
Acontece! – dir-se-ia na parcimoniosa e por vezes simplória forma de estar portuguesa. Não pode acontecer quando o nível é/deve ser elevado, a origem é um órgão de soberania de um país civilizado a actuar em coordenação com um Ministério da Educação, quando um dos objectivos da iniciativa é «estimular a capacidade de expressão e argumentação» dos jovens e quando os destinatários do documento são professores, dos quais se exige (entre outras) o exercício correcto da competência linguística entre os seus pares e, sobremaneira, diante dos seus alunos (agora, os candidatos a professores até têm, e bem, de se submeter a prova de avaliação de competências linguísticas para aceder à profissão!). Aconteceu, porque faltou o cuidado devido na execução do documento de trabalho em análise, o que revela alguma, naturalmente tácita, falta de respeito institucional pelos destinatários, que, no mínimo, perturba a comunicação, mas que certamente desincentiva o tão necessário rigor.
Talvez fosse desejável, senão exigível, prover de maior competência as actividades directivas das instituições do Estado e aumentar a qualidade dos documentos que delas provêm. Os bons exemplos seriam bem-vindos... de cima!
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