segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Afinal…

Afinal, o Presidente do STJ, Noronha de Nascimento, invalidou apenas algumas (poucas) escutas; nenhuma das entretanto publicadas pela imprensa e que envolvem o PM, José Sócrates, num plano para controlar os principais meios de comunicação social em Portugal.

Afinal, foi o PGR, Pinto Monteiro, a apreciar as mais comprometedoras escutas, para Sócrates, e que parece ter entendido não haver indícios, onde há, para intentar um processo-crime contra o PM e o governo por tentativa flagrante de limitar a liberdade de expressão, princípio constitucional fundamental e pilar de qualquer democracia minimamente saudável.

Afinal, havia mesmo um plano, maquinado por José Sócrates, para controlar boa parte da incómoda comunicação social, com a ajuda dos seus sempre fiéis comparsas, de jovens pretendentes a fiéis comparsas e dos sempre úteis e solícitos jornalistas “livre-pensadores”.

Afinal, dados os seus múltiplos tentáculos, o polvo não consegue, coitado, conviver com tanto incómodo comunicacional e crítico; não se dá bem, de todo, com a livre escorrência de águas mais revoltas e translúcidas!

Afinal, há por aí muito “boa” gente que pouca conta dá de princípios éticos de orientação da acção humana, que poucas capacidades morais terá de distinção entre o que convém e o que não convém ao ser humano digno desse epíteto ou que se importe, sequer, com a conduta digna da função social e política que desempenha e, portanto, com a confiança devida aos seus concidadãos.

Afinal, há uma parte considerável de cidadãos eleitores portugueses que peca pela parca consciência daquilo que se passa verdadeiramente na vida pública do seu país – que é, para o bem e para o mal, a sua própria vida – e prossegue o processo de (auto)alienação, qual solução final administrada pelo grande imperador-salvador, que lhes “retira” as dores (psicológicas!) da existência.

Afinal, várias são as coisas que vão mesmo mal neste pequeno país à beira do caos político, social e económico…

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