Assiste-se a um generalizado consenso nas opiniões públicas um pouco por todo o mundo, pelo menos ocidental, acerca da hipótese do global warming -- as temperaturas estão a aumentar (e assim continuarão dramaticamente), por causa de emissões de gases de efeito de estufa, com origem, sobretudo, na actividade humana. Este consenso aconteceu graças a uma forte e persistente actividade política dos grupos ambientalistas desde os anos 60, ao que se veio juntar, no dealbar do século, a influência política de um grupo alargado de cientistas que formam o Painel Intergovernamental para as Alerações Climáticas (IPCC, na sigla inglesa), organismo da ONU responsável por emitir relatos sazonais sobre as alterações climáticas..
No entanto, parece não haver um efectivo consenso científico de entre os cerca de 2500 cientistas que formam o IPCC e que têm estudado, em conjunto, o clima nos últimos anos; este consenso talvez não exista, porque, pelo menos de momento, talvez não possa existir, dada a ausência de certezas sobre muitas coisas acerca do clima. Pressões políticas, sim; certezas científicas, parece que não. E, portanto, talvez haja mais política que ciência, nas conclusões dos relatórios do IPCC, que, aliás, têm duas partes: há sempre um relatório científico, propriamente dito, e há depois um conjunto de conclusões direccionadas aos decisores políticos, conclusões "votadas de dedo no ar" por um conjunto de cientistas nomeados pela meia centena de governos que patrocinam o IPCC!
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Quando o poder político se imiscui desta forma na actividade científica, pressionando por certezas, as dúvidas aumentam exponencialmente! É, por isso, absolutamente necessário distinguir, por difícil que possa parecer, a questão política da questão científica acerca do clima.
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(Fonte: mitos climáticos.)
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