quarta-feira, 17 de junho de 2009

Política e ciência - um clima tempestuoso!

Assiste-se a um generalizado consenso nas opiniões públicas um pouco por todo o mundo, pelo menos ocidental, acerca da hipótese do global warming -- as temperaturas estão a aumentar (e assim continuarão dramaticamente), por causa de emissões de gases de efeito de estufa, com origem, sobretudo, na actividade humana. Este consenso aconteceu graças a uma forte e persistente actividade política dos grupos ambientalistas desde os anos 60, ao que se veio juntar, no dealbar do século, a influência política de um grupo alargado de cientistas que formam o Painel Intergovernamental para as Alerações Climáticas (IPCC, na sigla inglesa), organismo da ONU responsável por emitir relatos sazonais sobre as alterações climáticas.
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No entanto, parece não haver um efectivo consenso científico de entre os cerca de 2500 cientistas que formam o IPCC e que têm estudado, em conjunto, o clima nos últimos anos; este consenso talvez não exista, porque, pelo menos de momento, talvez não possa existir, dada a ausência de certezas sobre muitas coisas acerca do clima. Pressões políticas, sim; certezas científicas, parece que não. E, portanto, talvez haja mais política que ciência, nas conclusões dos relatórios do IPCC, que, aliás, têm duas partes: há sempre um relatório científico, propriamente dito, e há depois um conjunto de conclusões direccionadas aos decisores políticos, conclusões "votadas de dedo no ar" por um conjunto de cientistas nomeados pela meia centena de governos que patrocinam o IPCC!
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Quando o poder político se imiscui desta forma na actividade científica, pressionando por certezas, as dúvidas aumentam exponencialmente! É, por isso, absolutamente necessário distinguir, por difícil que possa parecer, a questão política da questão científica acerca do clima.
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