quinta-feira, 30 de julho de 2009

Desastre nos exames da 2.ª fase!

Os resultados da segunda fase dos exames nacionais do ensino secundário, sobretudo os de Matemática e Português, foram um desastre. Na primeira fase, MLR atribuiu a culpa à comunicação social. Agora, foram os "coitados" dos alunos externos... Estudassem!
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Pois, mas o que é certo é que a completa falta de coerência no nível de exigência, as falhas e erros técnicos com que continuam a ser elaborados os exames, em suma, a incompetência ministerial (também) nesta matéria são os maiores responsáveis. É, no entanto, claro que, tendo os exames um nível de exigência adequado àquilo que um aluno do final do ensino secundário deste exigente início de século deverá saber, os exames não poderão ter resultados muito populares ou estrategicamente eleitoralistas! Paciência... e esperança por um melhor sistema de ensino.

2 comentários:

Anónimo disse...

Não só não se podem comparar resultados da 1a e 2a fase dos exames, como olhar apenas para os resultados globais é enganador. Deviam ser comparados apenas os resultados dos exames dos alunos internos e de cada fase com anos anteriores. E aí não há hecatombe. Matemática A teve 10,5 de média contra 10,6 no ano passado. Não vejo anormalidade. Fisica e Biologia são inferiores, mas há outras que são superiores ao ano passado como Geografia A, Desenho A e Historia A. Parece-me normal

Miguel Portugal disse...

Claro que pode até parecer normal e parecerá a muito boa gente. Mas, se procurarmos fazer uma análise um pouco além das aparências, o que podemos encontrar é o que muitos têm denunciado neste capítulo dos exames nacionais: a falta de coerência no nível de exigência com que são elaborados e uma indelével tendência para a facilidade (para não falar dos erros técnicos inadmissíveis), retira aos exames o rigor e seriedade com que devem ser apresentados aos alunos, perdendo um pouco de credibilidade como instrumento de avaliação de conhecimentos e competências e como instrumento de avaliação do próprio sistema de ensino. Não fossem tais falhas ministeriais e os exames seriam tomados mais a sério por todos e, então sim, seriam instrumentos fundamentais para melhorar o ensino e a aprendizagem.