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Não vai ser mesmo fácil convencer algumas (muitas?) pessoas de que a pseudo-clivagem entre "bases" e "notáveis" não passa de reles produto pseudopolítico, made in LFM & Ca., pronto a servir clientelismos de quem vive à espreita de uma oportunidade, que denota apenas o deserto de ideias e o ímpeto destruidor de quem parece não ser capaz de construir nada de bom para o partido e para o país.
Não resisto a citar aqui uma excelente e saborosa síntese do problema, escrita por um... notável militante e fecundo pensador do partido:
«Vai ser preciso muito esforço para remendar os rasgões que a demagogia das "bases" contra os "notáveis" fez e faz no PSD. Nem de um lado estão as "bases", mas sim um grupo de verdadeiros funcionários do partido, cuja actividade profissional é ou depende de serem dirigentes locais do PSD; nem do outro estão "notáveis", mas sim muitas pessoas que pela sua profissão, actividade, mérito, tem influência profissional, capacidade e credibilidade junto do país, que vai para além da sua qualidade de serem militantes do PSD. E têm independência, têm onde cair mortos. O problema é que num PSD cada vez mais encolhido, mais pequeno, com 26% nas sondagens, os profissionais partidários tem cada vez menos lugares para distribuir e como não tem na sociedade qualquer recuo, qualquer capacidade de manterem o estatuto, o carro, o telemóvel, o salário, precisam de varrer tudo à frente, mesmo se for preciso destruir o partido pelo caminho.»
Não resisto a citar aqui uma excelente e saborosa síntese do problema, escrita por um... notável militante e fecundo pensador do partido:
«Vai ser preciso muito esforço para remendar os rasgões que a demagogia das "bases" contra os "notáveis" fez e faz no PSD. Nem de um lado estão as "bases", mas sim um grupo de verdadeiros funcionários do partido, cuja actividade profissional é ou depende de serem dirigentes locais do PSD; nem do outro estão "notáveis", mas sim muitas pessoas que pela sua profissão, actividade, mérito, tem influência profissional, capacidade e credibilidade junto do país, que vai para além da sua qualidade de serem militantes do PSD. E têm independência, têm onde cair mortos. O problema é que num PSD cada vez mais encolhido, mais pequeno, com 26% nas sondagens, os profissionais partidários tem cada vez menos lugares para distribuir e como não tem na sociedade qualquer recuo, qualquer capacidade de manterem o estatuto, o carro, o telemóvel, o salário, precisam de varrer tudo à frente, mesmo se for preciso destruir o partido pelo caminho.»
José Pacheco Pereira, in Abrupto.
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