A escola deve estar aberta a todos e, portanto, deve ser inclusiva -- o que é, hoje, numa sociedade democrática moderna, um completo truísmo! O que é preciso é, pois, tornar a escola verdadeiramente acessível a todos, o que significa ensinar e fazer aprender realmente o que está aí para aprender, com o máximo de rigor (todos merecem!), com todas as estratégias adequadas, ao invés de simplesmente descer ao nível em que se encontram os alunos (mais desfavore-cidos) e aí permanecer mais ou menos ao longo de toda a escolarização (pelo menos na obrigatória)!
Ou seja, a escola não deve deixar de ser escola (tempo e espaço de transmissão de saberes científicos, tecnológicos, humanísticos e técnico-profissionais), para, ao invés, ser absoluta, incondicional, cega e tresloucadamente inclusiva -- incluindo, não só, todos, mas também todos os modos de ser e estar desviantes ou culturalmente empobrecidos e... acabando por não ter tempo de ensinar nada!
Ou seja, a escola não deve deixar de ser escola (tempo e espaço de transmissão de saberes científicos, tecnológicos, humanísticos e técnico-profissionais), para, ao invés, ser absoluta, incondicional, cega e tresloucadamente inclusiva -- incluindo, não só, todos, mas também todos os modos de ser e estar desviantes ou culturalmente empobrecidos e... acabando por não ter tempo de ensinar nada!
É um erro pensar que a cultura escolar dominante (em suma: querer que, senão todos, o maior número, aprendam o mais e melhor possível!) perpetua maleficamente as desigualdades e que o correcto seria descer o nível de exigência (i.e., o nível cultural) para chegar aos mais desfavorecidos. E acresce que esta ilusão tende a perpetuar-se, pois as pessoas (os mais desfavorecidos -- os que necessitam de verdadeira cultura escolar) é isso que acriticamente desejam, hoje, ouvir. A isto se chama demagogia!
Ou seja, a filosofia da educação (romântismo e construtivismo ingénuo) que orienta o socialismo educacional, na prática, ao defender um respeito quase pueril pelo estado cultural de origem do aluno, aí permanecendo, é uma forte negação das suas próprias (e louváveis!) finalidades -- aperfeiçoar todos, dando especial atenção aos mais desfavorecidos. No fundo, recalca todos, especialmente os mais desfavorecidos, para as profundezas dos seus particulares universos culturais empobrecidos ou atira-os, sem instrumentos críticos, para a sociedade da informação superficial ou de consumo manipulatório.
É necessário analisar com rigor o que se perde e quem mais perde com uma escola excessivamente permissiva, desqualificadora e deformadora: se todos perdem com o "nivelamento por baixo" ou se são menos os que perdem com uma escola mais exigente, em atitudes e comportamentos, em competências e em conhecimentos. Não basta dizer "venham todos"; é preciso dizer "venham todos aprender de facto", o que para tal é condição sine qua non apostar nas condições de educabilidade, em causa em muitíssimas escolas do país.
Em suma: igualdade de oportunidades, mas não igualdade forçada e artificiosa ad aeternum!
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