...do mui rigoroso, crítico e lúcido O “Eduquês” em Discurso Directo. Uma crítica da pedagogia romântica e construtivista, na sua já 9.ª edição da Gradiva (Lisboa 2006), de Nuno Crato.(1)
“Eduquês” é um termo caricatural que o próprio ex-ministro Marçal Grilo usou para classificar a linguagem esotérica, que os novos pedagogos portugueses têm usado desde a década de 1980 e que, desde então, tem sufocado o M.E.. Nas suas obras pseudo-científicas «abundam os argumentos literários e as citações de citações» (p. 66), em lugar de dados observacionais, teorias científicas e elementos de psicologia experimental. Em vez de seguirem o pragmatismo anglo-saxónico, mais rigoroso e, por isso, menos permeável à moda do “ensino centrado no aluno”, escolheram a retórica da pedagogia francesa de inspiração romântica e pós-moderna.
Apesar de esporadicamente refutada por alguns intelectuais em textos publicados na imprensa, na blogosfera ou em algumas obras mais sistemáticas – como é o caso de Maria Filomena Mónica (Os Filhos de Rousseau: Ensaios sobre os exames) ou do ex-ministro David Justino [volta, estás perdoado!] (No Silêncio Somos Todos Iguais) – esta retórica foi-se avolumando, foi persuadindo espíritos mais incautos (designadamente, por via da formação inicial de professores) e instalou-se ao serviço da ideologia dominante.
O objectivo é, pois, para os novos pedagogos portugueses engajados, servir a utopia da igualdade forçada, a igualdade de facto, artificiosamente absoluta, à custa da perda de acesso ao saber universal científico, filosófico, artístico, aniquilando assim as verdadeiras possibilidades de emancipação, de esclarecimento, que poderiam sorrir a muitos jovens – incluindo os mais desfavorecidos – que frequentam hoje as nossas escolas.
O autor consegue, numa pequena obra bem informada (argumentado com base em fontes credíveis) e equilibrada (tanto se mune do filósofo liberal Oakeshott, como do marxista Gramsci!), desmontar facilmente toda a retórica da pedagogia romântica e construtivista radical, que inebriou muitos pedagogos portugueses e precipita a escola e o ensino em Portugal no abismo do irracionalismo pós-moderno.
Eis como a “moda” pode atingir a (pseudo)ciência! Mas eis também como o discurso racional e sapiencialmente fundado aí está, verdadeiramente esclarecedor – às vezes é preciso arrumar a casa, limpar o pó que oculta o brilho dos móveis e mudar a decoração!
Assim pudesse ser lido – e compreendido, claro!
“Eduquês” é um termo caricatural que o próprio ex-ministro Marçal Grilo usou para classificar a linguagem esotérica, que os novos pedagogos portugueses têm usado desde a década de 1980 e que, desde então, tem sufocado o M.E.. Nas suas obras pseudo-científicas «abundam os argumentos literários e as citações de citações» (p. 66), em lugar de dados observacionais, teorias científicas e elementos de psicologia experimental. Em vez de seguirem o pragmatismo anglo-saxónico, mais rigoroso e, por isso, menos permeável à moda do “ensino centrado no aluno”, escolheram a retórica da pedagogia francesa de inspiração romântica e pós-moderna.
Apesar de esporadicamente refutada por alguns intelectuais em textos publicados na imprensa, na blogosfera ou em algumas obras mais sistemáticas – como é o caso de Maria Filomena Mónica (Os Filhos de Rousseau: Ensaios sobre os exames) ou do ex-ministro David Justino [volta, estás perdoado!] (No Silêncio Somos Todos Iguais) – esta retórica foi-se avolumando, foi persuadindo espíritos mais incautos (designadamente, por via da formação inicial de professores) e instalou-se ao serviço da ideologia dominante.
O objectivo é, pois, para os novos pedagogos portugueses engajados, servir a utopia da igualdade forçada, a igualdade de facto, artificiosamente absoluta, à custa da perda de acesso ao saber universal científico, filosófico, artístico, aniquilando assim as verdadeiras possibilidades de emancipação, de esclarecimento, que poderiam sorrir a muitos jovens – incluindo os mais desfavorecidos – que frequentam hoje as nossas escolas.
O autor consegue, numa pequena obra bem informada (argumentado com base em fontes credíveis) e equilibrada (tanto se mune do filósofo liberal Oakeshott, como do marxista Gramsci!), desmontar facilmente toda a retórica da pedagogia romântica e construtivista radical, que inebriou muitos pedagogos portugueses e precipita a escola e o ensino em Portugal no abismo do irracionalismo pós-moderno.
Eis como a “moda” pode atingir a (pseudo)ciência! Mas eis também como o discurso racional e sapiencialmente fundado aí está, verdadeiramente esclarecedor – às vezes é preciso arrumar a casa, limpar o pó que oculta o brilho dos móveis e mudar a decoração!
Assim pudesse ser lido – e compreendido, claro!
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