O estranho confronto entre jovens e polícia, em Copenhaga, merece três considerações:
1. A primeira é óbvia: trata-se de uma excepção na république bien ordonnée (para usar a velha [1576] expressão de Jean Bodin), que é a Dinamarca; o que denota, não menos obviamente, que não há equilíbrio social, processo de socialização, educação e ensino absolutamente infalíveis. O conflito, a discórdia e o excesso passional espreitam, ainda assim, onde há humanidade plural e livre!
2. Mas o conflito, que redunda em excesso passional, também se evita: provavelmente o diálogo pode não ter sido frutuoso na negociação com os jovens que, ao que parece, há muito ocupavam o edifício vendido a um grupo religioso.
1. A primeira é óbvia: trata-se de uma excepção na république bien ordonnée (para usar a velha [1576] expressão de Jean Bodin), que é a Dinamarca; o que denota, não menos obviamente, que não há equilíbrio social, processo de socialização, educação e ensino absolutamente infalíveis. O conflito, a discórdia e o excesso passional espreitam, ainda assim, onde há humanidade plural e livre!
2. Mas o conflito, que redunda em excesso passional, também se evita: provavelmente o diálogo pode não ter sido frutuoso na negociação com os jovens que, ao que parece, há muito ocupavam o edifício vendido a um grupo religioso.
3. Mas há que retirar daí outra consequência, politicamente relevante: os extremismos, no caso esquerdistas, vão irremediavelmente exibindo, mesmo na mais civilizada sociedade, a larvar intolerância prática, que teima em não aceitar grupos culturalmente diversos, mesmo que sejam grupos religiosos, que deverão ser, como quaisquer outros, tolerados, desde que sustentem posições razoáveis e perfeitamente compatíveis com um estado de direito democrático e liberal.
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