O The Guardian agraciou a Livraria Lello, no Porto, como a terceira mais bela do mundo. Parabéns! (A vaidade lusa é também uma vaidade - e, pelo menos, não é cinzenta - e a vaidade constitui também a natureza humana. Assim saibamos doseá-la!).
Penetrar no esplendor da sua arquitectura gótica, sob o olhar esfíngico de Eça ou Antero, ascender na encruzilhada da sua escadaria sumptuosa (como o saber e a cultura humanas), é talvez das mais belas sensações que possamos fruir! Faz lembrar aquilo que o filósofo utilitarista inglês do séc. XIX, John Stuart Mill, queria dizer quando dividia os prazeres em superiores e inferiores. Trata-se um prazer estético estar naquele local. Mas também nos projecta para o prazer intelectual da leitura, da interpretação e do conhecimento. E são sensações elevadas, com certeza. (Pena é que, maioritariamente, para turistas estrangeiros!)
O livro continua a encerrar momentos únicos, sui generis, que dificilmente poderão ser igualados pelos novos meios, tanto de leitura, como de aquisição!
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