José Leite Pereira (e muito boa gente, que estão a fazer o seu trabalho apologeta) continua a argumentar (editorial do JN de hoje) que a seriedade da sra. ministra, em contraste com a dos professores (que só querem "rebentar já" com o modelo -- este "apelo ao terror" é, como se sabe, uma das mais conhecidas falácias informais!) é inquestionável: prometeu que vai rever o modelo, mas, custe o que custar, temos que continuar a experimentar até ao final deste ano lectivo!
Quer dizer: um hipotético modelo de avaliação de desempenho médico está, decididamente, a colocar em causa a estabilidade da actividade médica nos hospitais e centros de saúde, a colocar em causa a qualidade da prestação dos cuidados de saúde aos doentes e, constatado pela esmagadora maioria dos médicos, colocará em risco o futuro funcionamento dos hospitais e centros de saúde por ser mais um instrumento economicista de abaixamento da qualidade da prestação de serviços de saúde. Mas como os sindicatos dos médicos aprovaram, erradamente, um memorando de entendimento com o Ministério da Saúde, deve-se continuar a implementar o dito modelo de avaliação!
Na hierarquia de valores de muito boa gente, a educação das crianças e jovens (a saúde!) está num plano inferior aos acordos políticos. Não deveria ser sopesada, pelo menos, no mesmo plano?!
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