Desde os anos setenta do séc. xx (Diana Baumrind 1971, 1980) que em Psicologia se fala em três estilos parentais, três formas de educar – pais autoritários, pais permissivos e pais autoritativos (ou de estilo democrático):
1. Os pais autoritários são rígidos e punitivos e valorizam a obediência não questionada por parte dos filhos; têm padrões inflexíveis e desencorajam expressões de discordância.
2. pais permissivos dão aos filhos pouca orientação ou orientação inconsistente e, apesar de carinhosos, exigem pouco deles.
3. Os pais autoritativos são firmes, estabelecendo limites para os filhos; à medida que as crianças crescem tentam, utilizando um discurso racional, explicar as coisas às crianças; ambém estabelecem objectivos claros e encorajam a independência das crianças.
Apesar de existirem muitas excepções, foi verificada uma correlação entre estes três estilos de educação e três tipos de comportamentos diferentes nas crianças:
1.1. Os filhos de pais autoritários são normalmente pouco sociáveis, pouco amigáveis e relativamente retraídos.
2.1. Os filhos de pais permissivos são imaturos, de humor inconstante, dependentes e com pouco autocontrolo.
3.1. Os filhos de pais autoritativos estabelecem boas relações sociais, são fáceis de se gostar, são autoconfiantes, independentes e colaborantes.
É claro que as crianças nascem com uma disposição básica e inata para se comportarem de um certo modo, o que se chama temperamento: algumas crianças são naturalmente mais descontraídas e bem-dispostas, enquanto outras são mais conflituosas e irritáveis. O tipo de temperamento com que um bebé nasce pode, até certo ponto, provocar, inclusivamente, certos estilos de educação nos pais (Goldsmith et al, 1987; Goldsmith e Harman, 1994; Kendler, 1996).
De qualquer modo, a educação da criança é o resultado da filosofia da educação em que os pais acreditam, as suas práticas específicas e as características da sua personalidade e personalidade dos seus filhos. Ou seja, o comportamento social das crianças, como acontece em outros aspectos do desenvolvimento, é o resultado de uma interacção complexa entre factores genéticos e ambientais. (Maccoby, 1992; Gottlieb, 1996; Kagan, 1997)
Apesar de não haver determinismo, a correlação entre estilos parentais e comportamento social das crianças é claro. Uma das causas do problema da indisciplina nas nossas escolas está, pois, identificado (a outra é o clima geral de permissividade e consequente falta de autoridade dos professores). Há, portanto, fortes e seguras razões científicas para se apostar numa solução política para a indisciplina nas escolas, que passe por uma intervenção informativa e dissuasora junto dos pais (que poderia começar com uma campanha de sensibilização), para que os seus filhos tenham, efectivamente, um futuro melhor. E são sempre os mais desfavorecidos que mais necessitam de ajuda em termos de uma equilibrada, mas presente, autoridade.
1. Os pais autoritários são rígidos e punitivos e valorizam a obediência não questionada por parte dos filhos; têm padrões inflexíveis e desencorajam expressões de discordância.
2. pais permissivos dão aos filhos pouca orientação ou orientação inconsistente e, apesar de carinhosos, exigem pouco deles.
3. Os pais autoritativos são firmes, estabelecendo limites para os filhos; à medida que as crianças crescem tentam, utilizando um discurso racional, explicar as coisas às crianças; ambém estabelecem objectivos claros e encorajam a independência das crianças.
Apesar de existirem muitas excepções, foi verificada uma correlação entre estes três estilos de educação e três tipos de comportamentos diferentes nas crianças:
1.1. Os filhos de pais autoritários são normalmente pouco sociáveis, pouco amigáveis e relativamente retraídos.
2.1. Os filhos de pais permissivos são imaturos, de humor inconstante, dependentes e com pouco autocontrolo.
3.1. Os filhos de pais autoritativos estabelecem boas relações sociais, são fáceis de se gostar, são autoconfiantes, independentes e colaborantes.
É claro que as crianças nascem com uma disposição básica e inata para se comportarem de um certo modo, o que se chama temperamento: algumas crianças são naturalmente mais descontraídas e bem-dispostas, enquanto outras são mais conflituosas e irritáveis. O tipo de temperamento com que um bebé nasce pode, até certo ponto, provocar, inclusivamente, certos estilos de educação nos pais (Goldsmith et al, 1987; Goldsmith e Harman, 1994; Kendler, 1996).
De qualquer modo, a educação da criança é o resultado da filosofia da educação em que os pais acreditam, as suas práticas específicas e as características da sua personalidade e personalidade dos seus filhos. Ou seja, o comportamento social das crianças, como acontece em outros aspectos do desenvolvimento, é o resultado de uma interacção complexa entre factores genéticos e ambientais. (Maccoby, 1992; Gottlieb, 1996; Kagan, 1997)
Apesar de não haver determinismo, a correlação entre estilos parentais e comportamento social das crianças é claro. Uma das causas do problema da indisciplina nas nossas escolas está, pois, identificado (a outra é o clima geral de permissividade e consequente falta de autoridade dos professores). Há, portanto, fortes e seguras razões científicas para se apostar numa solução política para a indisciplina nas escolas, que passe por uma intervenção informativa e dissuasora junto dos pais (que poderia começar com uma campanha de sensibilização), para que os seus filhos tenham, efectivamente, um futuro melhor. E são sempre os mais desfavorecidos que mais necessitam de ajuda em termos de uma equilibrada, mas presente, autoridade.
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