A DREN propõe ("ordena"!) uma reflexão às escolas sobre o uso de telemóveis (e outros) durante as aulas. Fantástico! Quase ninguém se teria lembrado de uma coisa dessas! Principalmente o timing... é genial!!
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Que essas reflexões -- obviamente tardias -- tenham como resultado uma efectiva resolução deste problema muito mais simples de resolver do que por vezes se faz crer: políticas educativas realmente exigentes (no melhor dos sentidos!), regulamentos internos das escolas adaptados à realidade, alunos e pais consciencializados da importância da medida, professores disponíveis para muito serena mas firmemente aplicar e fazer aplicar as regras e conselhos executivos/directores igualmente firmes no sentido de fiscalizar a coerência e equilíbro da aplicação da norma.
Não podem é ser admissíveis, de modo algum -- independemente dos erros políticos das últimas décadas em matéria de educação --, as falhas relatadas e conhecidas, em muitas escolas, cometidas por professores relativamente ao uso de telemóveis... nas salas de aula! Afinal, o exemplo é, indiscutivelmente, um instrumento determinante na educação para os valores.
Sejamos veritativos: o ambiente de permissividade e impunidade que se tem vindo a criar na sociedade portuguesa em geral e, em particular, no sistema educativo público conduziu ao laxismo de todos:
1. do ME, responsável pelas políticas educativas irresponsavelmente experimentalistas, demasiado centralistas e permissivistas, orientado pela filosofia do "bom selvagem", vulgo "coitadinho!";
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2. dos pais, que, tendencialmente e em geral, têm abandonado os filhos à escola, cujo efectivo valor, por vezes, parecem desconhecer;
3. e também de algumas escolas e professores, que se têm demitido da sua saudável e vital autoridade, em parte por causa das políticas educativas errantes, mas em boa parte também por demissão de responsabilidades e, portanto, alguma falta de ética profissional -- poderia, tantas vezes, fazer-se mais e melhor...! (É compreensível que este ambiente geral de permissividade e desresponsabilização tenha afectado as escolas e os professores; mas tal não deveria ter acontecido de modo, por vezes, tão gritante; os professores deveriam ter tido mais força, segurança e dignidade pedagógica e profissional para se não terem deixado apanhar nesta gigante e pegajosa teia deprimente.)
Fica a ideia que a vida (que começa na escola!) vai começar agora... Ou ainda não será desta?!
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