A propósito da questão tibetana é necessário, antes de mais, recordar os factos do etnocídio e mesmo genocídio cometidos pela China, desde há meio século (leia-se uma síntese que elaborei, aqui).
Depois dessa rememoração ninguém ficará, certamente, indiferente à causa tibetana e estará mais facilitada a compreensão dos protestos dos últimos dias, bem como a ideia de que um apelo a um boicote aos Jogos Olímpicos de Pequim seria uma forma de luta perfeitamente legítima e justa – trata-se, afinal, do direito à auto-determinação de um povo dilacerado por atropelos hediondos aos tão caros direitos humanos e profundamente atingido na sua mais íntima dignidade cultural e (literalmente!) existencial.
Mas os estados que formam a civilização onde brotaram e têm sido defendidos (teórica, política e institucionalmente) os direitos humanos, há muito que parece já terem optado pelos direitos ao comércio e ao lucro em detrimento dos poéticos (ao que parece, particularmente neste caso do Tibete!) direitos humanos. Afinal, a China é um mercado demasiado grande e promissor para se correr o risco de se perder em favor de uma “mera” defesa de direitos humanos de um povo tão “estranho” e comercialmente pouco atraente!
Depois dessa rememoração ninguém ficará, certamente, indiferente à causa tibetana e estará mais facilitada a compreensão dos protestos dos últimos dias, bem como a ideia de que um apelo a um boicote aos Jogos Olímpicos de Pequim seria uma forma de luta perfeitamente legítima e justa – trata-se, afinal, do direito à auto-determinação de um povo dilacerado por atropelos hediondos aos tão caros direitos humanos e profundamente atingido na sua mais íntima dignidade cultural e (literalmente!) existencial.
Mas os estados que formam a civilização onde brotaram e têm sido defendidos (teórica, política e institucionalmente) os direitos humanos, há muito que parece já terem optado pelos direitos ao comércio e ao lucro em detrimento dos poéticos (ao que parece, particularmente neste caso do Tibete!) direitos humanos. Afinal, a China é um mercado demasiado grande e promissor para se correr o risco de se perder em favor de uma “mera” defesa de direitos humanos de um povo tão “estranho” e comercialmente pouco atraente!
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