O grupo parlamentar do PSD agendou para amanhã a votação de um projecto de lei que propõe a suspensão da avaliação de professores. O resultado é mais do que óbvio: será chumbado. Pessoas que já votaram favoravelmente outros projectos de lei neste sentido e que parecem actuar sob a orientação de princípios éticos, como Manuel Alegre (por muito que não se concorde com as suas ideias políticas), não embarcarão em joguetes partidários para resolver problemas partidários.
É completamente inadmissível que o maior partido da oposição, depois de 40% dos seus deputados terem faltado a uma votação que poderia ter sido histórica (um governo maioritário teria visto suspenso um diploma legal por si aprovado anteriormente, por deputados do partido que a asseguram votarem a favor de um projecto de lei crítico da política do governo), venha agora querer emendar a mão, propondo outro projecto de suspensão da avaliação dos professores.
Infeliz foi também o líder da bancada parlamentar, Paulo Rangel, com o argumento de que «agora é que vamos perceber quem é que está preocupado com as escolas», como se em Dezembro não fosse altura para preocupações! É que o assunto é demasiado sério para servir de grotesca arma política, para servir os interesses partidários de tentar emendar a mão, para ocultar a completa ausência de competência política e vazio de princípios éticos de alguns (muitos?!) dos nossos representantes no fórum das decisões políticas democráticas. Os partidos e as pessoas que os compõem não se devem servir dos problemas das pessoas; devem servir para resolver os problemas das pessoas!
É muito difícil – para pessoas esclarecidas, minimamente críticas e realmente preocupadas (como, felizmente, acontece já com muitos professores) – levar a sério estas acções de pseudo-política! Há, com certeza, quem saiba e esteja realmente interessado em fazer melhor. Os deputados, em geral e os faltosos do PSD em particular, precisam de ser avaliados – “refresquem-se” as listas nas próximas eleições. E depois, sim, haverá condições para dizer (e agir em conformidade): "do mal, o menos!"
É completamente inadmissível que o maior partido da oposição, depois de 40% dos seus deputados terem faltado a uma votação que poderia ter sido histórica (um governo maioritário teria visto suspenso um diploma legal por si aprovado anteriormente, por deputados do partido que a asseguram votarem a favor de um projecto de lei crítico da política do governo), venha agora querer emendar a mão, propondo outro projecto de suspensão da avaliação dos professores.
Infeliz foi também o líder da bancada parlamentar, Paulo Rangel, com o argumento de que «agora é que vamos perceber quem é que está preocupado com as escolas», como se em Dezembro não fosse altura para preocupações! É que o assunto é demasiado sério para servir de grotesca arma política, para servir os interesses partidários de tentar emendar a mão, para ocultar a completa ausência de competência política e vazio de princípios éticos de alguns (muitos?!) dos nossos representantes no fórum das decisões políticas democráticas. Os partidos e as pessoas que os compõem não se devem servir dos problemas das pessoas; devem servir para resolver os problemas das pessoas!
É muito difícil – para pessoas esclarecidas, minimamente críticas e realmente preocupadas (como, felizmente, acontece já com muitos professores) – levar a sério estas acções de pseudo-política! Há, com certeza, quem saiba e esteja realmente interessado em fazer melhor. Os deputados, em geral e os faltosos do PSD em particular, precisam de ser avaliados – “refresquem-se” as listas nas próximas eleições. E depois, sim, haverá condições para dizer (e agir em conformidade): "do mal, o menos!"
2 comentários:
Fracote...
Para que precisa de inventar "causa", "razões" e "motivações"?
Factos:
1 - 40% dos deputados do PSD foram irrsponsáveis em 5/12/2008
2 - Paulo Rangel sublinhou essa irresponsabilidade
3 - Tentado diminuir a culpa, gasta o agendamento potestativo a que o PSD tinha direito até final da legislatura, com alta probabilidade de ser para deitar fora, para apresentar uma prioposta de suspensão da avaliação dos professores. E você está contra? Pior a emenda que o soneto? Não. Está enganado.
Talvez a emenda não seja assim tão má quanto parece. Mas o que é facto é que o soneto foi péssimo. Há erros que dificilmente se emendam e as faltas dos deputados do PSD constituem um dessses erros demasiado graves para poder vir a ser cabalmente emendado. Só haveria uma hipótese, caso fosse possível: a proposta do PSD vir a ser aprovada. Não tem muito valor os actos parlamentares de proposta de lei, quando são inconsequentes. O valor da actividade parlamentar reside nos actos que poderão ter consequências efectivas, como teria sido em Dezembro último.
Aliviaria, naturalmente, bastante a minha preocupação com todo este monstruoso processo de reforma da carreira e da avaliação docente se o PSD conseguisse um resultado, digamos, honroso. Mas, copmo sabemos, tal não será crível. Mas é pena. O país necessita de alternativas. Quero acreditar que o PSD é a alternativa. Mas terá que fazer mais e melhor para enfrentar a retórica avassaladoramente propagandística do eng. Sócrates. No entanto, caro Reitor, é claro que muito me agradaria estar realmente enganado...
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